Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador Milonga. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Milonga. Mostrar todas as postagens

PENÚLTIMA MILONGA

 

TÍTULO

PENÚLTIMA MILONGA

COMPOSITORES

LETRA

JOSÉ RUFINO DE AGUIAR FILHO

MÚSICA

LUIZ CARDOSO

INTÉRPRETE

CÉSAR PASSARINHO

RITMO

MILONGA

CD/LP

27ª CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA

FESTIVAL

27ª CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA

MÚSICOS

 

PREMIAÇÃO

 


PENÚLTIMA MILONGA
(José Rufino de Aguiar Filho, Luiz Cardoso)

É a penúltima milonga que te faço,
Neste laço que trancei pra te agradar,
Refugando o arremate do fracasso,
Vai meu canto te pedindo pra voltar!

Na garupa do minuano vai meu verso,
Implorando o teu regresso, prenda minha,
Na saudade que me invade, te confesso,
Que minh'alma se cansou de andar sozinha.

Vestirei no jardim desta tapera
Flores belas pra enfeitar nossa morada,
Vai chegar prematura a primavera
E o gaudério vai deixar de andar na estrada!

Se faltar pra esta milonga, no entretanto,
O encanto pra domar teu coração,
Já não mais dedicarei pra ti meu canto
E o meu pranto vai calar o violão!

E só quando se arrimar a viagem longa
Pra que eu deixe este pago em que nasci,
Cantarei minha última milonga,
Testemunha de que nunca te esqueci.

Vestirei no jardim desta tapera
Flores belas pra enfeitar nossa morada,
Vai chegar prematura a primavera
E o gaudério vai deixar de andar na estrada!

É a penúltima milonga que te faço,
É a penúltima milonga que te faço...


GRACIAS AOS PARCEIROS HEINZ E CANAL DO ROOS


O QUE O VENTO NOS REVELA

 

TÍTULO

O QUE O VENTO NOS REVELA

COMPOSITORES

LETRA

RODRIGO BAUER

MÚSICA

FELIPE GOULART

INTÉRPRETE

JULIANO MORENO

RITMO

MILONGA

CD/LP

11º CANTO DE LUZ

FESTIVAL

11º CANTO DE LUZ

MÚSICOS

FELIPE GOULART - VIOLÃO

YURI MENEZES - VIOLÃO

RODRIGO MAIA - CONTRABAIXO

SAMUCA DO ACORDEON - ACORDEON

PEDRO KALTBACH - VIOLINO

PREMIAÇÃO

2º LUGAR GERAL

MELHOR INSTRUMENTISTA - PEDRO KALTBACH

 

O QUE O VENTO NOS RELEVA

(Rodrigo Bauer, Felipe Goulart)

De tanto escutar o vento, fui apurando a audição....
Sabendo a cor dos segredos ocultos na escuridão!
Quem sabe ouvir o silêncio que vaga pelas cancelas,
Vai decifrando as verdades que o vento sempre revela!

O vento sacode o lenço, desgrenha as franjas do flete
E canta um mantra constante, porém jamais se repete!
O vento mescla os sotaques dos continentes que corta
E traz o mundo que gira, batendo na nossa porta!

Carrega notas doídas que vêm de liras distantes;
Reponta acordes perdidos que o mundo fez dissonantes...
Tem restos de tempestades, traz lampejos de procelas...
Por isso há o verbo do tempo, no que o vento nos revela!

Há o coração da querência, pulsando descompassado,
Num morno vento avoengo que lembra o berro do gado!
Nele, o passado renasce, atemporal, inseguro;
A projetar, no presente, as dimensões do futuro!

Assim a vida acontece, alheia aos nossos anseios...
E o vento segue o caminho, sem nunca apear dos arreios!
Ele tropeia a verdade, talvez por isso é silente!
E eu tento ouvir a quietude que tenho por confidente!

O vento patrulha serras, o litoral, a fronteira...
Castiga a velha campanha, soprando da Cordilheira!
Floresce a Rosa dos Ventos e a vida cresce com ela!
Vai decifrando as verdades que o vento sempre revela!



TE SINTO PRESENTE

 

TÍTULO

TE SINTO PRESENTE

COMPOSITORES

LETRA

RAPHAEL MADRUGA

FABRÍCIO MARQUES

MÚSICA

RAPHAEL MADRUGA

CÍCERO CAMARGO

PABLO ESTIMA

INTÉRPRETE

RAPHAEL MADRUGA

RITMO

MILONGA

CD/LP

11º CANTO DE LUZ

FESTIVAL

11º CANTO DE LUZ

MÚSICOS

VIOLÃO E VOCAL: RODRIGO MORALES

ACORDEON: LUCAS FERRERA

BAIXO: MIGUEL TEJERA

PIANO: MARCELO PIJAMA

PREMIAÇÃO

1º LUGAR GERAL

MELHOR MELODIA




TE SINTO PRESENTE
(Raphael Madruga, Fabrício Marques, Cícero Camargo, Pablo Estima)

Me diz quem é esse homem
Que vejo aqui no retrato
Que me carrega no colo
Mas não recordo do abraço
Por vez me ergue nos ombros
Ditando o rumo dos passos
Mesmo sem voz dá conselhos
E está em tudo que faço!

Te busco mas não encontro
Nos meus recuerdos guardados
O nosso tempo foi curto
Porém igual pros dos lados
Se não gravei na memória
Cada momento vivido
Me orgulho ao escutar
Que me pareço contigo

Mas quem de fato tu fostes
Eu na verdade não sei
Te vejo tal fosse um quadro
Que a cada história pintei
E “às vez” até me pergunto
Se o que carrego comigo
Seria assim tão sentido
Se eu crescesse contigo

Sei bem que essa pergunta
Nunca terá sua resposta
Tão pouco que se explica
O que se sente ou se gosta
Embora num outro plano
- Fisicamente apartados -
Sempre te sinto presente
Quando preciso um costado

Meu pai, te sinto presente
Quando te peço um costado!



CRIOULA

 

TÍTULO

CRIOULA

COMPOSITORES

LETRA

VAINE DARDE

MÚSICA

MATHEUS ALVES

INTÉRPRETE

FLÁVIO HANSSEN

RITMO

MILONGA

CD/LP

29ª TERTÚLIA MUSICAL NATIVISTA

FESTIVAL

29ª TERTÚLIA MUSICAL NATIVISTA

MÚSICOS

MATHEUS ALVES – VIOLÃO

YURI MENEZES - VIOLÃO

PIRISCA GRECCO - CONTRABAIXO 

PREMIAÇÃO

MELHOR TEMA CAMPEIRO

CRIOULA

(Vaine Darde, Matheus Alves)

Coisa mais louca esta marca que pulsa no coração
E insaliva na boca pra se adonar do violão.
É um bate casco campeiro ao longo do corredor...
Parece um bombo leguero no peito do seu cantor.

Numa comparsa de loucos vem pôr a boca no mundo
E leva além da porteira coisas do campo do fundo.
Pois vai nos rádios de pilha ao pampa que acorda cedo,
Quando se iguala ao guasqueiro trançando acordes nos dedos.

Milonga velha que vives das mais nativas paixões,
Tens o sotaque dos livres no memorial dos galpões!

La pucha, que eu me encharco da tua pauta crioula
Com notas de quero-quero e arrulhos de pomba –rola .
Nos palco, que nem nos bastos, o teu balanço me leva
E toda vez que te canto, milonga, é sempre às devas!

Milonga velha que vives das mais nativas paixões,
Tens o sotaque dos livres no memorial dos galpões!



QUANDO A ALMA VOLTA PRA TERRA


TÍTULO

QUANDO A ALMA VOLTA PRA TERRA

COMPOSITORES

LETRA

JOÃO FONTOURA

MÚSICA

LUIZ MARENCO

INTÉRPRETE

LUIZ MARENCO

RITMO

MILONGA

CD/LP

14ª RECULUTA DA CANÇÃO CRIOULA

LUIZ MARENCO – NOS FESTIVAIS

MOTIVOS DE CAMPO

FESTIVAL

14ª RECULUTA DA CANÇÃO CRIOULA

 QUANDO A ALMA VOLTA PRA TERRA

(João Fontoura, Luiz Marenco)

Sentei os recaus no lombo de um mouro,
Destapereando silêncios pelas taperas,
Com cantigas de espera, sem nada encontrar,
Para algum dia voltar, ruminando quimeras.

Com os anos passando, o sol foi bronzeando
Minha alma morena e a pampa torena
Dentro de mim, foi lambendo o capim
Com línguas de agosto, moldando em meu rosto
Os rastros que apontam os rumos pra o fim...

Sofreno o passado que vem estafado,
Com sede e com fome;
Pois a terra consome quem anda sem rumo,
Sem erva e sem fumo.

Pra algum dia, depois dessa vida proscrita,
Voltar a terra bendita com todo o vigor que a sina embuçala,
Na estrada do tempo com a esperança na mala pra tapear amarguras,
Jujando ternuras pra quem já perdeu o pago e o nome.

O PÃO DO POEMA

 

TÍTULO

O PÃO DO POEMA

COMPOSITORES

LETRA

MÁRIO AMARAL

MÚSICA

MÁRIO AMARAL

INTÉRPRETE

LOMA

RITMO

MILONGA

CD/LP

5º MINUANO DA CANÇÃO NATIVA

FESTIVAL

5º MINUANO DA CANÇÃO NATIVA

PREMIAÇÃO

MELHOR LETRA


O PÃO DO POEMA
(Mário Amaral)

O pão do poema é um sopro de vida
É o rosário de penas do peso da cruz
É o ventre da mãe que guarda o segredo
Do amor e seus medos em forma de luz

É um livro em branco é o filho e o pai
Que abraçam a vida com olhos de mar
É o semblante das mesas floridas de espinhos
É a palavra perdida querendo voar

O pão do poema é o silêncio dos sinos
Anunciando ao tempo um novo amanhã
É o branco lençol estendido de alma
Ao abrigo dos corpos cheirando a maçã

É a vertente pulsada de céu e de pranto
Um resto de espora além do carnal
O papel ainda moço na cova das horas
Que ao vento balança a paz outonal

O pão do poema é o olhar da criança
A gota de orvalho tingindo seu véu
É a terra sozinha que canta e que chora
A sina com gosto de sal ou de mel

É o fio da espada ao brilho da estrela
Tecendo taperas velando ninguém
É o sorriso da moça saudosa que espera
Coração de quimeras só Deus sabe quem

BOLICHEIRA

 

TÍTULO

BOLICHEIRA

COMPOSITORES

LETRA

JORGE MODESTO

MÚSICA

MARCELO HOLMOS

INTÉRPRETE

RAINERI SPOHR

RITMO

MILONGA

CD/LP

15º ACAMPAMENTO DA CANÇÃO GAÚCHA

FESTIVAL

15º ACAMPAMENTO DA CANÇÃO GAÚCHA

PREMIAÇÃO

SEGUNDO LUGAR

MELHOR INTÉRPRETE

 

Bolicheira

(Jorge Modesto, Marcelo Holmos)

 

Te vi arrastando alpargata despachando no balcão

Balconeira flor mulata bolicheira do rincão

Do vai e vem teu vestido que um dia foi colorado

Agora acena um saludo num vai e vem desbotado

 

Pero te resta o perfume que paira doce pulpera

O teu aroma resume os jardins desta fronteira

Recostada flor da pampa adornando o mostrador

Que ali destaca a tua estampa que anda indisposta pro amor

 

Mas sei que o teu cruzador  

Hoje um cerne, corunilha

Que um dia no picador

Pro fogo vai ser a estilha

 

Te vejo arrastando alpargata no mesmo tranco de outrora

Tu mansa e sempre solita sem ganas de quem lhe adora

E assim a vida com calma me fez sentir bem na pele

Que não há segredos da alma que a conduta não revele

 

Se hoje sou conhecedor, nego que andei te cuidando

Mas eu não sou um golpeador e os anos foram cruzando

Recostada flor da pampa adornando o mostrador

Que ali destaca a tua estampa que anda indisposta pro amor

 

Mas sei que o teu cruzador  

Hoje um cerne, corunilha

Que um dia no picador

Pro fogo vai ser a estilha