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O PÃO DO POEMA

 

TÍTULO

O PÃO DO POEMA

COMPOSITORES

LETRA

MÁRIO AMARAL

MÚSICA

MÁRIO AMARAL

INTÉRPRETE

LOMA

RITMO

MILONGA

CD/LP

5º MINUANO DA CANÇÃO NATIVA

FESTIVAL

5º MINUANO DA CANÇÃO NATIVA

PREMIAÇÃO

MELHOR LETRA


O PÃO DO POEMA
(Mário Amaral)

O pão do poema é um sopro de vida
É o rosário de penas do peso da cruz
É o ventre da mãe que guarda o segredo
Do amor e seus medos em forma de luz

É um livro em branco é o filho e o pai
Que abraçam a vida com olhos de mar
É o semblante das mesas floridas de espinhos
É a palavra perdida querendo voar

O pão do poema é o silêncio dos sinos
Anunciando ao tempo um novo amanhã
É o branco lençol estendido de alma
Ao abrigo dos corpos cheirando a maçã

É a vertente pulsada de céu e de pranto
Um resto de espora além do carnal
O papel ainda moço na cova das horas
Que ao vento balança a paz outonal

O pão do poema é o olhar da criança
A gota de orvalho tingindo seu véu
É a terra sozinha que canta e que chora
A sina com gosto de sal ou de mel

É o fio da espada ao brilho da estrela
Tecendo taperas velando ninguém
É o sorriso da moça saudosa que espera
Coração de quimeras só Deus sabe quem

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