Geadas
(Jayme
Caetano Braun, Leonel Gomez, Márcio Rosado)
A geada é o
preço que jamais desconta
Nem mesmo um real no gauderiar que entangue
Branqueia tauras e regela o sangue
Mas se derrete quando o sol desponta.
Nem mesmo um real no gauderiar que entangue
Branqueia tauras e regela o sangue
Mas se derrete quando o sol desponta.
Se faz
espelho no lagoão da sanga
Adoça as frutas e madura o trigo
Cinza do tempo que nos encaranga
Paguei o preço de brincar contigo.
Adoça as frutas e madura o trigo
Cinza do tempo que nos encaranga
Paguei o preço de brincar contigo.
Vai-se um
ano, mais outro, não me iludo
Foram tantas lichiguanas pelegueadas
Eu sinto frio, mas apesar de tudo
O meu destino é andar quebrando geadas.
Foram tantas lichiguanas pelegueadas
Eu sinto frio, mas apesar de tudo
O meu destino é andar quebrando geadas.
Iguais as
que quebrei na juventude
Pisando vidros nas manhãs de gelo
As mesmas geadas da gamela do açude
Trago comigo esfarinhadas no cabelo.
Pisando vidros nas manhãs de gelo
As mesmas geadas da gamela do açude
Trago comigo esfarinhadas no cabelo.
Manta gelada
que não tem fragrância
E se faz água pra morrer neblina
As geadas pretas que esmaguei na infância
Viraram cinzas pra branquear minha crina.
E se faz água pra morrer neblina
As geadas pretas que esmaguei na infância
Viraram cinzas pra branquear minha crina.
Intérpretes:
Shana Muller, Joca Martins, Luiz Marenco