Mostrando postagens com marcador Lisandro Amaral. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Lisandro Amaral. Mostrar todas as postagens

CURANDEIRA SANTA FÉ

 

TÍTULO

CURANDEIRA SANTA FÉ

COMPOSITORES

LETRA

LISANDRO AMARAL

MÚSICA

LISANDRO AMARAL

CRISTIAN CAMARGO

INTÉRPRETE

LISANDRO AMARAL

RITMO

POLCA

CD/LP

1º FESTIVAL DA CANÇÃO NATIVA FLOR DE MAIO

FESTIVAL

1º FESTIVAL DA CANÇÃO NATIVA FLOR DE MAIO

MÚSICOS

 

PREMIAÇÃO

 

 

CURANDEIRA SANTA FÉ 
(Lisandro Amaral, Cristian Camargo)

A madrugada vence o tempo e esconde a luz
E eu me fiz tempo, entendo a paz olhando a cruz
Na dor de Hernandes tive escrito meu exílio
Na voz de Osíris um clarim aos nossos filhos 

E poderiam germinar novos Charruas
Na cor das luas, na ilusão que esconde a fé
E os Guaranis que seguiriam missioneiros
Morreram todos na coragem de Sepé 

Por onde andam os Yupanques, luas claras?
Por qual mistério anda o cacique Tabaré?
Será que o canto de Chalar era só um
Entre os cantores quinchados de Santa Fé? 

Então eu chego novo bugre de outros templos
E trago em mim a poeira pampa de outros tempos
Sou madrugada em luz viajeira aos que acreditam
E não duvidam da riqueza destes ventos 

Cada canto novo de esperança
Lua clara em voz de renascer
Vive o grito índio e curandeiro
Pela voz coragem de viver 

O amanhecer é a alma clara, santa fé
Trazendo a luz, benzendo a paz, feito um pajé
É mais pampiano o índio grito do meu tempo
Amanhecido na coragem destes ventos

 

OSÍRIS Rodrigues Castillos - referente ao poeta, compositor e cantor Uruguaio, já falecido, autor de clássicos do folclore como: La Galponera, Camino de Los Quileros e poemas como: Romance del Malevo, Frontera Norte e outros tantos.

 

CACIQUE TABARÉ - Cacique Charrua, filho de um cacique com uma branca espanhola, sua história foi transportada ao romance Tabaré escrito em 1888, pelo poeta Uruguaio Juan Zorrilla de San Martín, a obra, é considerada uma epopéia nacional uruguaia.

PAJÉ -curandeiro em Guarani

 


 

 

 

 

QUANDO UM MATA MAS OS DOIS MORREM

 

 

TÍTULO

QUANDO UM MATA MAS OS DOIS MORREM

COMPOSITORES

LETRA

GUILHERME COLLARES

MÚSICA

ZULMAR BENITES

LISANDRO AMARAL

INTÉRPRETE

MARCELO OLIVEIRA

RITMO

MILONGA

CD/LP

19º PONCHE VERDE DA CANÇÃO GAÚCHA

FESTIVAL

19º PONCHE VERDE DA CANÇÃO GAÚCHA

MÚSICOS

LISANDRO AMARAL - RECITADO E VOCAL

GUILHERME COLLARES - VIOLÃO E VOCAL

ZULMAR BENITEZ - VIOLÃO E VOCAL

CRISTIAN CAMARGO – GUITARRON

RODRIGO MAIA – BAIXO

ALUISIO ROCKEMBACH - ACORDEON

 

PREMIAÇÃO

1º LUGAR

MELHOR INTÉRPRETE – MARCELO OLIVEIRA 

 

QUANDO UM MATA MAS OS DOIS MORREM
(Guilherme Collares, Zulmar Benites, Lisandro Amaral)

"O punhal no sangrador, pele de encontro com o couro.

E por um simples instante dois corações batem juntos num estertor crepitante.
Um vai morrer... Já e pronto.
Mas no peito do que mata, mas no peito do que mata, o coração morre um pouco."
 
Um é cavalo o outro é homem
no centauro da planura Dois seres fundem-se em um
Por isso a faca que mata aquele que está quebrado
Mata também um pedaço da alma do que matou um ser sem pecado algum
 
O pecado sugerido é ter nascido cavalo
É saber que a humanidade o chama de irracional
Ser taxado de animal por quem rouba, estupra e mata
Sem ter desculpa maior que uma mente racional
 
Dizem que bicho não pensa
Mas homem será que sim?
Sou eu quem trabalha duro
Mas a ponta desta adaga termina cravada em mim
 
E o meu bom Deus que comanda
Ou não gosta de cavalo, ou gosta da coisa assim
 
"E morrer... E morrer é o de menos, há coisa muito pior...
Ser espancado, ferido, machucado e ofendido por quem usa seu esforço para sustento e lazer. 
O cavalo, o cavalo então pergunta, pois necessita saber"
 
Dizem que bicho não pensa
Mas homem será que sim?
Sou eu quem trabalha duro
Mas a ponta desta adaga termina cravada em mim
 
E o meu bom Deus que comanda
Ou não gosta de cavalo, ou gosta da coisa assim
 
Mas no peito do que mata
Se for gaúcho e campeiro
Fica cravado uma estaca
Mais mortal que a punhalada
Que sangrou o companheiro
Dor da perda de um amigo
De aliviar sofrimento assassinando o parceiro
Dizem que bicho não pensa



RECUERDO TROPEIRO

 

 

TÍTULO

RECUERDO TROPEIRO

COMPOSITORES

LETRA

GUILHERME COLLARES

MÚSICA

GUILHERME COLLARES

INTÉRPRETE

LISANDRO AMARAL

RITMO

CHIMARRITA ENTRERRIANA

CD/LP

12º ACAMPAMENTO DA CANÇÃO NATIVA

FESTIVAL

12º ACAMPAMENTO DA CANÇÃO NATIVA

MÚSICOS

 

PREMIAÇÃO

 

RECUERDO TROPEIRO

(Guilherme Collares)

O tempo das tropas largas
Perdeu-se no pensamento
De tanta poeira e passado
Que o mundo novo olvidou.

E tanta história e herança
Vive das poucas memórias,
Que poucos trazem na essência,
De um tempo que, hoje, é distância…
Que foi meu tempo… e passou!

Há quem diga que o passado
Se perde ou nem tem valor;
Ou vive apenas na essência
De quem percebe as ausências
Dos que plantaram silêncios
Nas curvas do corredor.

Há quem diga que a memória
Serve apenas de fiador
Aos que guardaram recuerdos
Das tropas do sentimento,
Que restaram nas lembranças
Das curvas do corredor.

Fui tropa… sou corredor…
Rondando a vida na aguada…
Um coração de ponteiro
Chamando a tropa na estrada…
Sou canto e aboio tropeiro
Que ecoa nas invernadas…
Venho de um tempo andarengo
Que, hoje, é memória e mais nada!…

Herança é algo que o tempo
Não faz perder seu valor…
Transcende vida e distância,
Brota em cada sentimento
Que a voz do tempo não cala
Nem muda conforme a dor.

CAMBARÁ

TÍTULO
CAMBARÁ
COMPOSITORES
LETRA
LISANDRO AMARAL
MÚSICA
LISANDRO AMARAL
GUILHERME COLLARES
INTÉRPRETE
RAINERI SPOHR
RITMO
CHAMARRA
CD/LP
19ª RECULUTA DA CANÇÃO CRIOULA
FESTIVAL
19ª RECULUTA DA CANÇÃO CRIOULA
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES

Cambará
(Lisandro Amaral, Guilherme Collares)

Tu penso que a grota inteira
Era toca de zebu?
E adiante do caracu
Meu manguerão se garante
Quatro tentos viajantes
De um touro gordaço e pampa
Que há muito tempo se acampa
Na garupa do meu mouro
E quando sai é um estouro
Cinchando o diabo das guampa.

Tu penso que tinha azas?
Descrente do meu pingaço.
Não sabia que meu laço
Chegava antes do reio.
E a oração - que ainda creio -
É um terço de 12 braça
Que garante minha raça
Mandando em vaca grotera
E onde tu vai por matreira
Meu ovelhero te abraça.

Por ser de cerne bem duro
Batizei de Cambará...
Sangue de lontra e guará,
Às vezes voa e mergulha;
Cruza em buraco de agulha
Não perde pra touro alçado!
E o boi barroso afamado,
Que o Pedro Ortaça aporreou?
O Cambará que amansou
De carretão e de arado!

Tu pensou que no meu tempo
Cara feia não é fome?
Se eu não laço me consome
Este fundão que é meu céu.
No cambará que dá mel
Zebu matrero se entope
Na tampa desse xarope
Que esse doutor - cruza loco -
Te enfia a trança nos toco
E fecha um pito a galope.

Andava eu e uns Collares
Correndo vaca e se rindo!
Um tal Afonso Laurindo,
O Beto, o Lucio e o Lalinho...
O Guilherme e dois piasinho
- destes crioulos dali -
E o Cambará – nunca vi -
Picaneando no garrão
Pra garantir a nação
Que bebi sangue daqui.