TÍTULO
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O MOURO DA ORELHA
ATORADA
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COMPOSITORES
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LETRA
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RÔMULO CHAVES
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MÚSICA
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EVERSON MARÉ
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INTÉRPRETE
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ROBLEDO MARTINS
EVERSON MARÉ
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RITMO
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CD/LP
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1º FESTIVAL VOZES DO
JACUÍ
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FESTIVAL
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1º FESTIVAL VOZES DO
JACUÍ
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DECLAMADOR
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AMADRINHADOR
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PREMIAÇÕES
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1º LUGAR
MELHOR INTÉRPRETE
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O MOURO DA ORELHA ATORADA
(Rômulo Chaves, Everson
Maré)
- Ainda bem que chegaste,
pois tenho um traste passeando no pasto
O mouro da orelha atorada
estraga a manada não serve pros basto
Pega ligeiro o sovéu
e manda pra o céu a tranqueira aleijada
O flete esquisito é um
bicho maldito e não presta pra nada.
- Patrão com todo o respeito, lhe digo com
jeito não mate o cavalo
Que a vida sabe de si,
pra o bicho e pra ti ela é sempre um regalo
O mouro é pingo valente,
depois do acidente a estampa é marcada
Mas tem um lombo dos
bueno e troteia sereno de orelha atorada.
Diferença não é defeito, diz o preceito desta mensagem
Que o sopro divino é a
luz do destino além da imagem
Quem leva o traço marcado
e é discriminado pela aparência
Tem seu valor e medida, igual é a vida na alma e essência.
- Vou atender teu pedido
que não sou bandido mas sou racional
Tu vais e cuida do flete, se tu me promete poupo o animal
Só não quero prejuízo pois
sei que preciso do pasto pra os outros
Que ligeirito no más o
tempo me traz a safra dos potros.
- Está tudo bem meu patrão,
por meu coração o mouro é poupado
Não vou incomodar pois
sei me virar e ouvi seu recado
Vou domar pro arreio e
talvez num volteio lhe mostre algum dia
Que o mouro aleijado
depois de domado vai ter serventia.