Moça Que Chora Faz
Rio
(Airton Pimentel, Izabel L’Aryan)
Pocinho d’água
Dos olhos de alguém que amou
Uma índia morena
Que no sol se queimou
Mais cheirosa que a fruta
Que o tempo provou
Mais bonita que a lua
Que o tropeiro não levou
Moça chora e faz rio
Rio bom de nadar
Nadar cansa o braço
Muito mais do que esperar
Panelinha do rio
Regaço guardado no tempo
De vozes, sonhos, viagens
Que depois viram vento
E vão mudando nos dias
Na corrente dos pensamentos
E quando o amor vira pó
E não tem nenhum alento
Panelinha que é lenda
Viva e sempre contada
Pros que por aqui passam
Vão e vêm nessa estrada
Deixando amores perdidos
E histórias mal contadas
Mas que sempre retornam
Pra beber da tua água