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MORADA

TÍTULO
MORADA
COMPOSITORES
LETRA
MÁRIO BARROS
MÚSICA
MÁRIO BARROS
INTÉRPRETE
DÉLCIO TAVARES
RITMO
MILONGA
CD/LP
1ª MOENDA DA CANÇÃO
FESTIVAL
MOENDA DA CANÇÃO
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES


MORADA
(Mário Barros)

Eu fiz morada na espera
Quando esperar era o fim
Busquei rumos na saudade
E ela negou-se pra mim
Então cheguei à verdade
No momento de partir
Quando somente as estrelas
Me diziam aonde ir

As léguas levam e trazem
Os anseios retovados
Que fazem de meus ideais
O couro em que fui trançado
Um caminho divergente
Fica sempre tão igual
Se o horizonte é mais longe
Do que seu próprio final

Por isso trama e palanque
É que fazem meu sustento
E o som de gaita em bailanta
Me vem ao sopro do vento
No colo de alguma prenda
Sempre encontrei meu alento
Me entreverando nas luzes
Que espiam no firmamento

E assim vou domando os dias
No potreiro da existência
E vou retoçando as noites
Das aragens, das essências
Encilho um flete aragano
E os versos desta vivência
São as cantigas que canto
Aos recantos da querência.

AÇUDE

Título
AÇUDE
Compositores
LETRA
LUIZ GUILHERME DO PRADO VEPPO
MÚSICA
MARIO BARROS
Intérpretes
MARIA LUIZA BENITEZ
Ritmo
MILONGA
CD/LP
10ª COXILHA NATIVISTA
Festival
10ª COXILHA NATIVISTA
Declamador

Amadrinhador

Premiações
1º LUGAR
MELHOR INTÉRPRETE – MARIA LUIZA BENITEZ

AÇUDE

(Luiz Guilherme do Prado Veppo, Mario Barros)

Açude, que matas a sede do zaino
E a dor da saudade com gotas do céu
Açude, que olhas com olhos tão puros
As pernas bonitas que a china escondeu

Açude, tesouro de grandes traíras
Que nascem coleando na ponta do anzol
Açude, que guardas meu sonho primeiro
E tens escondido meu rosto menino

Açude, tão simples, Tu não secarás
Enquanto meus olhos puderem chorar.


Provinciano


Provinciano
(Mário Eleu Silva, Mário Barros)

Longe da cidade grande
Alheio ao mundo agitado
Vive bem aquerenciado
O gaúcho provinciano
Seja campeiro ou urbano
É sempre um conservador
Seu verso guarda o sabor
Das coisas do cotidiano.

Estende a mão, cumprimenta,
Também retira o chapéu
Sabe quando muda o tempo
Bombeando as nuvens no céu
Lá pras bandas da fronteira
Se parece um João Barreiro
Zeloso, cuida do pago
Com cisma de peão caseiro.

As razões de cantar triste
Vêm de muito tempo atrás
Rude devoção que existe
Pelo campo e pela paz.
Que misteriosa tendência
Sina, feitiço ou desejo,
Faz clamar seu lugarejo
No entardecer da existência

Provinciano, pêlo duro, te juro
Sei do teu amor sem fim
Por esta querência amada
E pela vida sossegada
Porque eu também sou assim

Desalentos

Desalentos
(Mauro Marques, Mário Barros)

Desencilhei a esperança
Tirei o pala e a espora...
E largeui a campo fora
Meus ideais de criança.

Se perderam nas esperas
Das promessas esquecidas,
Na fala de falsos qüeras,
Na chaga de vis feridas.
Se perderam nos enganos,
Nos sonhos, desilusões,
Na falsidade dos planos,
Nas pobres conspirações.

Me passa um mate, parceiro,
Que esta noite vai ser longa,
No bordão deata milonga,
No calor desse braseiro.
Amigo, me manda um trago,
Que um gole de canha pura
Me amansa essa amargura,
Me serve de companheiro.

Quem sabe um sonho bonito
Ganhe a garupa do vento
E se achegue, "despacito",
No coração de um rebento.
Quem sabe, dia mais dia,
Rebento não mais rebento
A mágoa dê rédeas ao tempo
Na cancha do sentimento.
Quem sabe renasça a crença,
Como forma de oração!
A fé, num simples sorriso...
A paz, no aperto de mão.




Enviada por Liane