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AÇUDE

Título
AÇUDE
Compositores
LETRA
LUIZ GUILHERME DO PRADO VEPPO
MÚSICA
MARIO BARROS
Intérpretes
MARIA LUIZA BENITEZ
Ritmo
MILONGA
CD/LP
10ª COXILHA NATIVISTA
Festival
10ª COXILHA NATIVISTA
Declamador

Amadrinhador

Premiações
1º LUGAR
MELHOR INTÉRPRETE – MARIA LUIZA BENITEZ

AÇUDE

(Luiz Guilherme do Prado Veppo, Mario Barros)

Açude, que matas a sede do zaino
E a dor da saudade com gotas do céu
Açude, que olhas com olhos tão puros
As pernas bonitas que a china escondeu

Açude, tesouro de grandes traíras
Que nascem coleando na ponta do anzol
Açude, que guardas meu sonho primeiro
E tens escondido meu rosto menino

Açude, tão simples, Tu não secarás
Enquanto meus olhos puderem chorar.


Um Pala

Um Pala
(Artemes Barbosa Escobar, Elton Saldanha)

Acenava com o pala
Dum rubro como estas penas
E eu em vão fiz novena
Rezando pra ele voltar

Aquele pala tecia
Chorando noites a fio
Pois não podia segui-lo
Para guardá-lo do frio

Tingi o pala de vermelho
No fogo da minha paixão
Pra que guardasse seu corpo
Do frio da solidão

Aquele pala era o sol
No horizonte sumindo
Enquanto o pala não vem
A minha vida vai indo

Aquele pala levou
O sol da minha primavera
Aquele pala é meus olhos
Vermelhos de tanta espera

Aquele pala era o sol
No horizonte sumindo
Enquanto o pala não vem
A minha vida vai indo


Pelo Duro

Pelo Duro
(Adair Antunes, Pedro Homero)

Sou pelo duro
Gaúcho lá da fronteira
Tenho medo de açoiteira
Fui criado meio guacho

Montando em pelo
Cabresteando a malacara
É coisa que não se fala
Mas, são lembranças de piá

Hoje, a cidade me tornou alienado
Me sinto meio maneado
Dentro duma calça lee

Meu velho rancho
Com cozinha em separado
E um matinho ao lado
Que eu tinha medo de ir

Tudo cambiado por um JK minguado
Com latrina bem juntinho
Do quartinho de dormir

Leite num saco
E costela com carimbo
De manhã, compro dum gringo
Que fala que nem mascate

Até a tricota
Que me escondia do frio
Eu troquei por um abrigo
Que não ame abriga de nada

Na minha blusa, tá escrito U.S.A
Pois, na butique não há
Roupa falando dos pagos

É tudo moda
Que nossa cultura fere
Mas que um pelo duro adere
Sem sentir que tá matando

Todo um passado
Que precisa estar presente
No canto da nossa gente
Na pilcha de cada um
Eu sou Gaúcho, por incrível que pareça