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CURANDEIRA SANTA FÉ


TÍTULO

CURANDEIRA SANTA FÉ

COMPOSITORES

LETRA

LISANDRO AMARAL

MÚSICA

LISANDRO AMARAL

CRISTIAN CAMARGO

INTÉRPRETE

INDIO RIBEIRO

LISANDRO AMARAL

RITMO

POLCA

CD/LP

19ª RECULUTA DA CANÇÃO CRIOULA

1º FESTIVAL DA CANÇÃO NATIVA FOR DE MAIO

FESTIVAL

19ª RECULUTA DA CANÇÃO CRIOULA

1º FESTIVAL DA CANÇÃO NATIVA FLOR DE MAIO

DECLAMADOR

AMADRINHADOR

PREMIAÇÕES

 


CURANDEIRA SANTA FÉ 
(Lisandro Amaral, Cristian Camargo)

A madrugada vence o tempo e esconde a luz
E eu me fiz tempo, entendo a paz olhando a cruz
Na dor de Hernandes tive escrito meu exílio
Na voz de Osíris um clarim aos nossos filhos 

E poderiam germinar novos Charruas
Na cor das luas, na ilusão que esconde a fé
E os Guaranis que seguiriam missioneiros
Morreram todos na coragem de Sepé 

Por onde andam os Yupanques, luas claras?
Por qual mistério anda o cacique Tabaré?
Será que o canto de Chalar era só um
Entre os cantores quinchados de Santa Fé? 

Então eu chego novo bugre de outros templos
E trago em mim a poeira pampa de outros tempos
Sou madrugada em luz viajeira aos que acreditam
E não duvidam da riqueza destes ventos 

Cada canto novo de esperança
Lua clara em voz de renascer
Vive o grito índio e curandeiro
Pela voz coragem de viver 

O amanhecer é a alma clara, santa fé
Trazendo a luz, benzendo a paz, feito um pajé
É mais pampiano o índio grito do meu tempo
Amanhecido na coragem destes ventos

 

OSÍRIS Rodrigues Castillos - referente ao poeta, compositor e cantor Uruguaio, já falecido, autor de clássicos do folclore como: La Galponera, Camino de Los Quileros e poemas como: Romance del Malevo, Frontera Norte e outros tantos.

 

CACIQUE TABARÉ - Cacique Charrua, filho de um cacique com uma branca espanhola, sua história foi transportada ao romance Tabaré escrito em 1888, pelo poeta Uruguaio Juan Zorrilla de San Martín, a obra, é considerada uma epopéia nacional uruguaia.

PAJÉ -curandeiro em Guarani

 


 

 

 

 

CAMBARÁ

TÍTULO
CAMBARÁ
COMPOSITORES
LETRA
LISANDRO AMARAL
MÚSICA
LISANDRO AMARAL
GUILHERME COLLARES
INTÉRPRETE
RAINERI SPOHR
RITMO
CHAMARRA
CD/LP
19ª RECULUTA DA CANÇÃO CRIOULA
FESTIVAL
19ª RECULUTA DA CANÇÃO CRIOULA
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES

Cambará
(Lisandro Amaral, Guilherme Collares)

Tu penso que a grota inteira
Era toca de zebu?
E adiante do caracu
Meu manguerão se garante
Quatro tentos viajantes
De um touro gordaço e pampa
Que há muito tempo se acampa
Na garupa do meu mouro
E quando sai é um estouro
Cinchando o diabo das guampa.

Tu penso que tinha azas?
Descrente do meu pingaço.
Não sabia que meu laço
Chegava antes do reio.
E a oração - que ainda creio -
É um terço de 12 braça
Que garante minha raça
Mandando em vaca grotera
E onde tu vai por matreira
Meu ovelhero te abraça.

Por ser de cerne bem duro
Batizei de Cambará...
Sangue de lontra e guará,
Às vezes voa e mergulha;
Cruza em buraco de agulha
Não perde pra touro alçado!
E o boi barroso afamado,
Que o Pedro Ortaça aporreou?
O Cambará que amansou
De carretão e de arado!

Tu pensou que no meu tempo
Cara feia não é fome?
Se eu não laço me consome
Este fundão que é meu céu.
No cambará que dá mel
Zebu matrero se entope
Na tampa desse xarope
Que esse doutor - cruza loco -
Te enfia a trança nos toco
E fecha um pito a galope.

Andava eu e uns Collares
Correndo vaca e se rindo!
Um tal Afonso Laurindo,
O Beto, o Lucio e o Lalinho...
O Guilherme e dois piasinho
- destes crioulos dali -
E o Cambará – nunca vi -
Picaneando no garrão
Pra garantir a nação
Que bebi sangue daqui.