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ESTRELAS PARCEIRAS

 

TÍTULO

ESTRELAS PARCEIRAS

COMPOSITORES

LETRA

GILBERTO TRINDADE

MÚSICA

JULIANO JAVOSKI

INTÉRPRETE

JULIANO JAVOSKI

RITMO

VALSA

CD/LP

09º CANTO MISSIONEIRO

FESTIVAL

09º CANTO MISSIONEIRO

PREMIAÇÃO

 


ESTRELAS PARCEIRAS
(Gilberto Trindade, Juliano Javoski)

Sempre que parto levo um lume no olhar
Porque seu brilho ilumina meus caminhos
Dois olhos negros reluzindo qual estrelas
Que são parceiras na sina de andar sozinho

Longe do pago trago o campo nas retinas
Pra que não faltem vagalumes nas canções
Pois quem alinha o seu norte nas estrelas
Traz luz pra alma com suas próprias ilusões

Se acaso o tempo não vier fazer agrado
No breu das noites em que o céu foge do olhar
Levo uma estrela na testa do meu cavalo
A melhor guia para um sonho de chegar

Pra quem reparte a claridade pela estrada
Na estrela Dalva busca o rumo e empresta luz
Por isso eu faço do seu lume uma baliza
Se algum mistério enfeita a noite e me seduz

De tanto andar guiando sonhos no escuro
Meus olhos veêm numa estrela o seu valor
Pois quem da lua faz sua musa na canção
Traz sol pra alma quando falta a luz do amor

Madrugando Rumos

  

TÍTULO

MADRUGANDO RUMOS

COMPOSITORES

LETRA

ÉLSON LEMOS

MÚSICA

JULIANO JAVOSKI

INTÉRPRETE

JULIANO JAVOSKI

RITMO

MAZURCA

CD/LP

19º CARIJO DA CANÇÃO GAÚCHA

FESTIVAL

19º CARIJO DA CANÇÃO GAÚCHA

MÚSICOS

SÉRGIO ROSA (GAITA), GIOVANI VIEIRA (VIOLÃO) ADRIANO STEFFLER (VIOLÃO) JOÃO BOSCO AYALLA RODRIGUES (BAIXO)

 


MADRUGANDO RUMOS

(Élson Lemos, Juliano Javoski)

 

A campeira madrugada pariu uma lua ruana

Que veio com ar de mansa beber o apojo na aguada

Meu rosilho estradeiro me escuta sob a badana

Pois, ele, a lua e as estrelas são meus parceiros de estrada

 

A noite sempre se alonga para um tropeiro de sonhos

E o alarido dos “teros” rompe silêncios no espaço

É quando me reencontro mesclando ruídos tristonhos

De sorros, grilos e tahãs, com minhas rosetas de aço

 

Que linda cadência de cascos na marcha deste cavalo

Pechando a barra do dia que vem alumbrar a coxilha

E quando os ruídos noturnos se fazem cantos de galos

O corpo fica mais leve e a alma mais andarilha       

E quando os ruídos noturnos se fazem cantos de galos

O corpo fica mais leve e a alma mais andarilha       

 

E debaixo das encilhas o rosilho vai trocando orelhas

Um clarão rompe o escuro quase imitando o luzeiro

Muda o semblante da aurora o facho desta centelha

E, a trote, madrugando rumos vou saboreando um palheiro

 

Firmar parador ou morada, eu penso de vez em quando

Mas as solas das minhas botas se enraizaram no estrivo

Só me sinto aclimatado pela pampa, campereando

A pelegama é o meu catre; chapéu e poncho, o abrigo.


NESTES ERMOS DE FRONTEIRAS

Título
NESTES ERMOS DE FRONTEIRAS
Compositores
LETRA
JULIANO JAVOSKI
MÚSICA
JAIRO LAMBARI FERNANDES
Intérprete
JAIRO LAMBARI FERNANDES
CÉSAR OLIVEIRA
Ritmo

CD/LP
QUERÊNCIA DO BUGIO – 07º APARTE
Festival
QUERÊNCIA DO BUGIO – 07º APARTE
Declamador

Amadrinhador

Premiações


NESTES ERMOS DE FRONTEIRAS
(Juliano Javoski, Jairo Lambari Fernandes)

Vou cortando um fumito sete cordas
Recostado sobre a anca da tordilha
Quanta coisa este momento me recorda
Mirando lejos desses plainos e coxilhas

Foi aqui nestes ermos de fronteiras
Que meus avós plantaram lares e raízes
Foi daqui que minhas retinas bem faceiras
Partiram um dia a buscar outros matizes

O ibicuí cruzando a várzea despacito
Um gado gordo, a cavalhada lá no pasto
Um téo-téo faz patrulha precavido
E em pensamentos vou proseando com meu basto
E em pensamentos vou proseando com meu basto

Ao longe um tadeu de cachorrada
Talvez das casas anunciando alguma visita
Me lembrou ontem das partidas e chegadas
Que em minha tarca de mundeio estão escritas

Quanta cousa me recorda esse momento
Recostado sobre a anca da tordilha
Ao sabor desse palheiro fumacento
Reculutando estas lembranças em tropilha

O sol brazino no poente se apeando
Acende um fogo de espinilho cá no peito
E uma gaita em minh'alma ressonando
Lembra alguém que soube bem domar meu jeito
Lembra alguém que soube bem domar meu jeito



Milonga À Sombra

Milonga À Sombra
(Serverino Moreira, Juliano Javoski)

“Pensando bem, a sombra é nosso lado abstrato”

Parceira de todos os dias
Irmã gêmea que o Sol me deu
Parte abstrata de mim,
Refletida na cor do breu.

No chão me copia sem face
Na água me imita o semblante
Sol á pino fico pequeno
Sol baixo me torno gigante

Por vezes é o meu sinuelo
Em outras guarda meus passos
As vezes caminha a meu lado
Junto ao pé e longe do braço.

Se guitarreio sente inveja
E debochada me provoca,
Na sua guitarra sem voz
“Arremeda” e também toca.

No galpão reflete na quincha,
No braseiro parece crescer,
Se mateio comunga do mate
Se proseio parece entender.

Parece que a sombra tem vida
E por a gente sente carinho,
Enciumada desaparece,
Se noutra sombra me aninho.

Por isso canto pras sombras,
Talvez nem assombre ao cantar,
Mas o meu canto tem sombras,
Que parecem me sussurrar

Vento Peregrino

Vento Peregrino
(Adalberto Braga, Sérgio Rosa)

O silêncio da noite
Se quebra assim no mais
Chegou o Minuano murmurando recitais
Castiga o açoite, quincha e oitão
E assopra os braseiros dos ranchos rurais.
Agosto é vida bruta que até os caranchos
Buscam o municio
Só depois dos temporais.

Chucro vento peregrino
Desde a alta cordilheira
Percorre o pampa latino
Soberano sem fronteira
Quando sai em revoada
Do refúgio dos condores
Vai cantar na madrugada
A canção dos pajadores

O vento Minuano faz o seu lamento
Em contraponto com vozes do galpão
Com a barra do dia a lida recomeça
Num buenos dias na cuia do chimarrão
Ainda a boceja a trincheira dos tauras
Na brasa esvaída de um fogo de chão.

Chucro vento peregrino
Desde a alta cordilheira
Percorre o pampa latino
Soberano sem fronteira
Quando sai em revoada
Do refúgio dos condores
Vai cantar na madrugada
A canção dos pajadores

Um bando de garças
Buscando as aguadas
Respinga de branco o azul provinciano
Partiu o Minuano há três luas passadas
Pra novas jornadas que vêm todo ano
Na tarca do tempo as frias madrugadas
Vêm retemperar a vida de um paisano.