Milonga À Sombra
(Serverino Moreira, Juliano Javoski)
“Pensando bem, a sombra é nosso lado abstrato”
Parceira de todos os dias
Irmã gêmea que o Sol me deu
Parte abstrata de mim,
Refletida na cor do breu.
No chão me copia sem face
Na água me imita o semblante
Sol á pino fico pequeno
Sol baixo me torno gigante
Por vezes é o meu sinuelo
Em outras guarda meus passos
As vezes caminha a meu lado
Junto ao pé e longe do braço.
Se guitarreio sente inveja
E debochada me provoca,
Na sua guitarra sem voz
“Arremeda” e também toca.
No galpão reflete na quincha,
No braseiro parece crescer,
Se mateio comunga do mate
Se proseio parece entender.
Parece que a sombra tem vida
E por a gente sente carinho,
Enciumada desaparece,
Se noutra sombra me aninho.
Por isso canto pras sombras,
Talvez nem assombre ao cantar,
Mas o meu canto tem sombras,
Que parecem me sussurrar
(Serverino Moreira, Juliano Javoski)
“Pensando bem, a sombra é nosso lado abstrato”
Parceira de todos os dias
Irmã gêmea que o Sol me deu
Parte abstrata de mim,
Refletida na cor do breu.
No chão me copia sem face
Na água me imita o semblante
Sol á pino fico pequeno
Sol baixo me torno gigante
Por vezes é o meu sinuelo
Em outras guarda meus passos
As vezes caminha a meu lado
Junto ao pé e longe do braço.
Se guitarreio sente inveja
E debochada me provoca,
Na sua guitarra sem voz
“Arremeda” e também toca.
No galpão reflete na quincha,
No braseiro parece crescer,
Se mateio comunga do mate
Se proseio parece entender.
Parece que a sombra tem vida
E por a gente sente carinho,
Enciumada desaparece,
Se noutra sombra me aninho.
Por isso canto pras sombras,
Talvez nem assombre ao cantar,
Mas o meu canto tem sombras,
Que parecem me sussurrar