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Mostrando postagens com marcador José Claudio Machado. Mostrar todas as postagens
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Quando Sopra o Minuano

Quando Sopra o Minuano
(Barbosa Lessa)

Minuano está soprando, assobiando nesta noite
Tropereando seus fantasmas, tropereando
E as almas vão passando cavalgando redomões
Fantasmas do passado no tropel das tradições.

Levanta Gaúcho, todos precisam andar
Minuano está chamando, o Rio Grande precisa escutar

Venham comigo voar com o Minuano
Na cavalgada destas almas pêlo duro
Neste tropel em que se unem gerações
Onde as velhas tradições dão o rumo do futuro
E o Minuano vai correndo doidamente
E o próprio frio aquece o coração da gente
E o coração todo abre e se expande
Pra que entre em nosso sangue
O próprio sangue do Rio Grande

Levanta Gaúcho, todos precisam andar
Minuano está chamando, o Rio Grande precisa escutar

Prece ao Minuano

Prece ao Minuano
(Telmo de Lima Freitas)

Nestas planuras do Rio Grande onde existe
Um cantor que é bem mais triste
Que o cantar do meu violão...
Deixa semente de saudades quando passa,
Se mesclando na fumaça da minha imaginação.

Ouço cantigas, é o Minuano me pedindo
E os caminhos vão se abrindo
Pra passar minhas canções;
Rogando ao mundo que a maior fraternidade
Seja o elo de bondade
Pra todos os corações.

Vento Minuano,
Eu te peço que prossigas
Nesta cantiga
De fraterna comunhão.

Vento Minuano, pensativo te reponto,
O meu mate já está pronto
Porque sou madrugador...
Venho pedir-te muito pouco, quase nada,
Que ilumine a carreteada
Da minha querência flor.

Peço que tragas a mensagem para o povo,
Animando o sangue novo,
Seiva forte do meu chão,
Que todos possam cantar o mesmo hino,
Reafirmando o seu destino
Na futura geração.

Vento Minuano,
Eu te peço que prossigas
Nesta cantiga
De fraterna comunhão.

Vento Minuano, pensativo te reponto,
O meu mate já está pronto
Porque sou madrugador...
Venho pedir-te muito pouco, quase nada,
Que ilumine a carreteada
Da minha querência flor.

Peço que tragas a mensagem para o povo,
Animando o sangue novo,
Seiva forte do meu chão,
Que todos possam cantar o mesmo hino,
Reafirmando o seu destino
Na futura geração.

Vento Minuano,
Eu te peço que prossigas
Nesta cantiga
De fraterna comunhão.

Assim no Más

Assim no Más
(Mauro Moraes)

Por conhecer a lida que a vida me deu
Meu galopar de moço escramuça de dor
Quando te vejo vindo meu fruto da mata
Arrastando alpargata carente de amor

Parece que o silêncio das rondas noturnas
Amontam o potro arisco da imaginação
Quando te espero cedo meu rumo isolado
Lavando o amargo apesar da ilusão

Esporiei reminiscências com pesadas nazarenas
Na esperança que a saudade amansasse as minhas penas
Mais dias menos dias domando pelegos
Vou arranjar sossegos que a espera me deu
Embriagando mágoas nas águas da sanga
Onde sovei as pampas meus sonhos nos teus

Nas ressolanas tardes de anseios trocados
A terra prometida arando restevas
Guardando pra semana o mel da lichiguana
E a manhã castelhana que habita as estrelas

E assim no más me perco alumbrado de achegos
Em meio a circunstância dos mesmos juncais
Que te acolheram nua meu resto de lua
No poente charrua emponchado de paz



Gracias Liane

De Já Hoje

De Já Hoje
(Adair de Freitas)

De já hoje quando estava no meu rancho
Me chamaram, me pediram que voltasse
E dos rumos donde vim eu fiz retorno
Na esperança de que a vida melhorasse
Juntei pilchas pelos cantos, e fiz canto
Pois cantando quando vim cruzei caminhos
Nesta volta os meus sonhos de distância
Trazem ânsias de rever o velho ninho.

(Quando vinha pela estrada, de já hoje
Lá no passo esporeei o meu picaço
E na ânsia de chegar, saí cantando
Nunca mais eu voltarei pra donde vim).

De já hoje quando vinha pela estrada
Regressando pro rincão onde nasci
Dentro d'alma galopeava uma saudade
E a vontade de encontrar o que perdi
Labaredas de algum fogo galponeiro
Vozes rudes de campeiros como eu
Mãos amigas me alcançando mais um mate
Realidades que a cidade não me deu.

(Quando vinha pela estrada, de já hoje
Lá no passo esporeei o meu picaço
E na ânsia de chegar, saí cantando
Nunca mais eu voltarei pra donde vim).

De já hoje quando ao tranco fui chegando
Na porteira que eu abria quando piá
Vi gaúchos que me olharam de soslaio
Nem ao menos "buenos dia" hoje se dá
Não vi pasto no potreiro rebolcado
Nem caseiro pra gritar "passe pra diante"
Não vi erva pro gaúcho tomar mate
Nem um resto de churrasco pro andante.

(Quando vinha pela estrada, de já hoje
Lá no passo sofrenei o meu picaço
E esta bruta realidade mata anseios
Que eu sentia nos lugares donde vim).

De já hoje, quando vinha pela estrada
Retornando do rincão onde nasci
Esporeei o meu picaço, e num laçaço
Fui deixando para trás tudo que vi
Quero andar, andar e andar pelas estradas
E avisar quem vem de longe a regressar
Que a mentira vem tropeando mil promessas
Que a verdade já cansou de cabrestear.
Que a mentira vem tropeando mil promessas
Que a verdade já cansou de cabrestear.



Colaboração do amigo Luis, gracias parceiro!!!