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SEMENTES DE PEDRA

 

TÍTULO

SEMENTES DE PEDRA

COMPOSITORES

LETRA

GERALDO FLACH

MÚSICA

KNELMO ALVES

INTÉRPRETE

JERÔNIMO JARDIM

RITMO

TOADA

CD/LP

08ª CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA

FESTIVAL

08ª CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA

MÚSICOS

 

PREMIAÇÃO

VENCEDOR LINHA DE PROJEÇÃO FOLCLÓRICA



SEMENTES DE PEDRA
(Knelmo Amado Alves, Geraldo Flach)
 
Neste mato de concreto
Só resta um salso chorão
Um raio de sol aberto
E o pranto pelo chão
Um quero-quero querendo
Espaço para querer
E o salso chorão chorando
Pedindo pra não morrer
 
O salso plantou sementes
No pranto que derramou
E o canto do quero-quero
O homem não escutou
Por ser mais inteligente
Da natureza o mais forte
Segue plantando sementes
Sentenças da própria morte.



MEUS CAMINHOS

 

TÍTULO

MEUS CAMINHOS

COMPOSITORES

LETRA

LUIZ CARLOS MIRANDA BATISTA

MÚSICA

ODEMAR GERHARDT

INTÉRPRETE

CEZAR LINDEMEYER

RITMO

TOADA

CD/LP

15ª RONDA DE SÃO PEDRO

FESTIVAL

15ª RONDA DE SÃO PEDRO

MÚSICOS

 

PREMIAÇÃO

2º LUGAR

MELHOR INTÉRPRETE – CEZAR LINDEMEYER


MEUS CAMINHOS
(Luiz Carlos Miranda Batista, Odemar Gerhardt)

Não fiz escolhas porque a vida não permite
A gente é tropa e o destino é o capataz
Tudo é tão breve nesta cega caminhada
Que os maus caminhos, esqueci, não lembro mais

Domei a golpes, e cuidar dos meus cavalos
E só encilho da minha marca e do meu freio
Fui aprendendo nos caminhos e na lida
Que cavalo de patrão é sempre alheio

Os meus caminhos foram curtos, sem fronteiras
Ultrapassa-los na verdade nunca quis
Quando o homem ultrapassa seus limites
Como as plantas perde a força na raiz

Ainda risco esta querência em patas lerdas
Mas sigo teso no meu pingo mesmo assim
Na grama verde que madruga serenada
Deixo meu rastro pra os que vêm depois de mim



QUANDO A MÃE SE VAI DO RANCHO

TÍTULO
QUANDO A MÃE SE VAI DO RANCHO
COMPOSITORES
LETRA
VAINE DARDE
MÚSICA
JOÃO CARLOS BERNARDI
INTÉRPRETE
JOÃO DE ALMEIDA NETO
RITMO
TOADA
CD/LP
3º CANTO MISSIONEIRO DA MÚSICA NATIVA
FESTIVAL
3º CANTO MISSIONEIRO DA MÚSICA NATIVA
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES
2º LUGAR
MELHOR LETRA
MELHOR INTÉRPRETE


QUANDO A MÃE SE VAI DO RANCHO
(Vaine Darde, João Carlos Bernardi)

Quando a mãe se vai do rancho
Há uma tristeza tamanha,
As margaridas fenecem
A casa parece estranha...

Roupas pousam no varal,
Há silêncio na cozinha
E na floreira do pátio
Vicejam ervas daninhas.

Quando a mãe se vai do rancho
O coração se reparte
E há uma cadeira vazia
Na hora triste do mate...

O sonho se fez insônia
O berço perde o balanço...
E o filho pergunta a Deus:
Por que a mãe se vai do rancho?

Quando a mãe se vai do rancho
Deixa um quarto solitário,
Uma santinha sem preces,
Um castiçal e um rosário...

Não mais o velho tempero
De manjerona e alecrim,
Somente um fogão sem lenha
Numa casa sem jardim.

Um dia chega essa hora
E o pranto não tem descanso,
Fica uma dor sem remédio
Quando a mãe se vai do rancho.

O sonho de fez insônia
O berço perde o balanço...
E o filho pergunta a Deus
Por que a mãe se vai do rancho?


O SILÊNCIO


TÍTULO
O SILÊNCIO

COMPOSITORES
LETRA
ARMANDO VASQUES DOS SANTOS
JOSÉ FRANCISCO FAGUNDES VALLS
MÚSICA
VALDIR SANTANA MONTEIRO
INTÉRPRETE
RICARDO POUEY CARÚS
RITMO
TOADA
CD/LP
1º UNIMED DA CANÇÃO NATIVA
FESTIVAL
1º UNIMED DA CANÇÃO NATIVA
DECLAMADOR

AMADRINHADOR

PREMIAÇÕES
3º LUGAR

O SILÊNCIO
(Armando Vasques Dos Santos, José Francisco Fagundes Valls, Valdir Santana Monteiro)

Há mil gritos no silêncio
Quando a razão não se põe
E ao abismo das retinas
A tirania se impõe

Há mil gritos no silêncio
Por quem peleia sozinho
Sem a bênção de padrinho
Sem manto amadrinhador
Mesmo que vença a peleia
Lhe declaram perdedor

Muitas vezes o silêncio
Condena justos à cruz
Vestindo de falsos brilhos
Aquele que não reluz
Mas que tem ânsias de lumes
Pra seu céu de pouca luz

O silêncio, é qual esporas
No coração de quem cala
E quando o silêncio fala
Na mudez do sentimento
Mil vozes gritam por dentro
Mas nada se ouve por fora

Quando o silêncio se quebra
No clarão de uma emboscada
Pintando rubras estrelas
Sob o céu da madrugada
No manto da escuridão
A morte se faz estrada
E amantes se dão as mãos
Pra ser silêncio e mais nada

Quando esse cristal se quebra
Não há como remendar
E se o que tens a dizer-me
Não for melhor que calar
Quero pedir-te parceiro
Deixa o silêncio falar.


BEM AO MEU REDOR

TÍTULO
BEM AO MEU REDOR
COMPOSITORES
LETRA
LUIS FERNANDO GASTALDO
MÚSICA
PIERO ERENO
INTÉRPRETE
DÉLCIO TAVARES
RITMO
TOADA
CD/LP
04º MINUANO DA CANÇÃO NATIVA
FESTIVAL
04º MINUANO DA CANÇÃO NATIVA
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES
01º LUGAR

BEM AO MEU REDOR
(Luis Fernando Gastaldo, Piero Ereno)

Acordei mais cedo, bem antes dos galos,
Pra assistir a aurora vir chamar o dia.
Esquentei a água, fiz um mate novo,
Pra aquecer a alma nestas horas frias...

Às vezes me sento junto ao velho rancho
Contemplando as coisas que a vida me dá...
O cheiro das flores , a calma do campo
E a paz que há no canto de um sabiá.

Cansei meus cavalos por estas distâncias
Pensando que: “longe a vida é melhor...”
Custei para ver que as coisas que amo
Estão junto a mim...bem ao meu redor.

Em frente à morada, a velha figueira,
O pátio, o arvoredo e a criação...
Compõem um cenário que fiz ao meu jeito
E hoje são partes do meu coração.

A felicidade é flor delicada
E só vê suas cores quem a cultivar!
Por isto é que hoje não saio pra lida
Sem antes, querida, um beijo...te dar!


ERRANTES

TÍTULO
ERRANTES
COMPOSITORES
LETRA
BETO BARROS
MÚSICA
CELSO BASTOS
INTÉRPRETE
IVO FRAGA
RITMO
TOADA
CD/LP
1ª MOENDA DA CANÇÃO
FESTIVAL
1ª MOENDA DA CANÇÃO
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES


ERRANTES
(Beto Barros, Celso Bastos)

Lá se vão plantadores campeiros
Eternos herdeiros do verbo migrar
Fazem picadas, sovam caminhos
Marcham sozinhos querem tentar

Retirantes errantes
Teatinos destinos
Vão regando com prantos
Os subúrbios latinos

Povoaram os campos bordados em trevo
Antes das cercas e invernadas
Sentaram ranchos que hoje taperas
Ressonam esperas de serem pousadas

E por vezes mesclando intentos
Se fazem ventos, tentam voar.
Acordam chorosos tristes ansiosos
A espera da noite pra poder sonhar.