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O SILÊNCIO


TÍTULO
O SILÊNCIO

COMPOSITORES
LETRA
ARMANDO VASQUES DOS SANTOS
JOSÉ FRANCISCO FAGUNDES VALLS
MÚSICA
VALDIR SANTANA MONTEIRO
INTÉRPRETE
RICARDO POUEY CARÚS
RITMO
TOADA
CD/LP
1º UNIMED DA CANÇÃO NATIVA
FESTIVAL
1º UNIMED DA CANÇÃO NATIVA
DECLAMADOR

AMADRINHADOR

PREMIAÇÕES
3º LUGAR

O SILÊNCIO
(Armando Vasques Dos Santos, José Francisco Fagundes Valls, Valdir Santana Monteiro)

Há mil gritos no silêncio
Quando a razão não se põe
E ao abismo das retinas
A tirania se impõe

Há mil gritos no silêncio
Por quem peleia sozinho
Sem a bênção de padrinho
Sem manto amadrinhador
Mesmo que vença a peleia
Lhe declaram perdedor

Muitas vezes o silêncio
Condena justos à cruz
Vestindo de falsos brilhos
Aquele que não reluz
Mas que tem ânsias de lumes
Pra seu céu de pouca luz

O silêncio, é qual esporas
No coração de quem cala
E quando o silêncio fala
Na mudez do sentimento
Mil vozes gritam por dentro
Mas nada se ouve por fora

Quando o silêncio se quebra
No clarão de uma emboscada
Pintando rubras estrelas
Sob o céu da madrugada
No manto da escuridão
A morte se faz estrada
E amantes se dão as mãos
Pra ser silêncio e mais nada

Quando esse cristal se quebra
Não há como remendar
E se o que tens a dizer-me
Não for melhor que calar
Quero pedir-te parceiro
Deixa o silêncio falar.


ÁGUA BENTA

TÍTULO
ÁGUA BENTA
COMPOSITORES
LETRA
HERMETO SILVA
MÚSICA
CLEBER JORGE SOARES
JORGE LUÍS DARDE RIBEIRO
INTÉRPRETE
GRUPO MAS BAH
RITMO
CHAMAMÉ
CD/LP
1º UNIMED DA CANÇÃO NATIVA
FESTIVAL
1º UNIMED DA CANÇÃO NATIVA
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES
2º LUGAR

ÁGUA BENTA
(Hermeto Silva, Cleber Soares, Jorge Luís Darde Ribeiro)

A chuva é saudade por Pedro chorada,
Tingindo de negro o céu antes azul,
“Agôa” a esperança na terra molhada
E emponcha de paz estes ranchos do sul.

O rancho é saudade pra quem vai embora,
Com chuva nos olhos, de poncho e chapéu,
Se chama Saudade a esperança que chora,
Se chama Esperança um pedido pra o céu.

Por isso te peço, São Pedro, que as mágoas
Que embarram as almas se esvaiam nas águas,
Que benzem de paz as sementes do chão.

E tragas de volta nos sóis veraneiros
Os sonhos que um dia fugiram, ligeiros,
Deixando tapera este meu coração.


A Paixão De Maria Clara

A Paixão De Maria Clara
(Marcelo D’Ávila, Nilton Junior da Silveira)

Corriam os anos de sangue e degola
Nas lutas mais brutas que o Sul conheceu
E nesse entrevero de morte e tristeza
Em tempos de guerra, o amor floresceu.

A Santa Maria da Boca do Monte -
De federalistas e republicanos –
Foi palco da história de sonho e poesia
De Maria Clara e Júlio Bozano.

O amor é uma planta que exige cuidados,
Que nasce semente e em flor desabrocha;
Assim foi a vida de entrega e paixão
De Maria Clara Mariano da Rocha

Mas a realidade prepara armadilhas
E a guerra não poupa heróis nem amantes:
No tiro certeiro da mão assassina
O jovem Bozano tombou, cambaleante.

A morte maleva cumpriu seu mandado
E o flete do tempo, impassível, passou,
E Maria Clara, fiel ao amado,
Num luto eterno jamais se casou.

O amor é uma planta que exige cuidados,
Que nasce semente e em flor desabrocha;
Assim foi a vida de entrega e paixão
De Maria Clara Mariano da Rocha

A dor e a tristeza tornaram-se força
E a moça buscou por um novo ideal
Nos bancos e livros da universidade
Formando-se médica na capital.

E Maria Clara, agora doutora,
Seguindo sua sina de amor e esperança,
Viveu a cuidar de outras Marias,
Marias-meninas, Marias-crianças.


Intérprete: Maria Helena Anversa, Robledo Martins