Na Paz do Campo
(Severino Moreira, Paulo Ricardo Costa, Diego Muller, Sergio Rosa)
Quem olhar
pr’o campo num final de tarde,
Guarda os
silêncios de sombras compridas,
Enxerga as
almas no ermo das taperas...
Desses que
foram, e voltam “pra vida”!
No branco
das nuvens imagens flutuam,
Molduram
retratos nos olhos que veem...
E o vento morno que baila guanxumas,
E o vento morno que baila guanxumas,
Parece que
traz o sussurro de alguém!
A paz do
campo povoa sonhos...
Traduz mistérios, da noite estrelada...
Olhares perdidos... Coisas taperas...
A alma degusta o “sabor do nada”!
Traduz mistérios, da noite estrelada...
Olhares perdidos... Coisas taperas...
A alma degusta o “sabor do nada”!
No escuro da
noite a paz se confunde
Com olhos de campo, mirando o interior...
“Solito” mateio, consumindo as horas,
Com olhos de campo, mirando o interior...
“Solito” mateio, consumindo as horas,
Sedento de
auroras, tão seco de amor!
São tantas
as vidas que o tempo levou,
Fazendo
“apartes”... Que não apartaram...
Tapearam chapéu, acenaram lenços...
Mas no fundo d´alma sempre ficaram!
Tapearam chapéu, acenaram lenços...
Mas no fundo d´alma sempre ficaram!
Então me
pergunto, se o tanto que vejo,
De fato
parecem tão claros assim?...
– Será que escuto os cochichos da noite,
Ou é uma saudade mentindo pra mim?
– Será que escuto os cochichos da noite,
Ou é uma saudade mentindo pra mim?
Intérprete: Francisco Oliveira