Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador Kiko Goulart. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Kiko Goulart. Mostrar todas as postagens

BAJO EL PALA

 

TÍTULO

BAJO EL PALA

COMPOSITORES

LETRA

FILIPE CORSO

JOÃO SAMPAIO

MÚSICA

KIKO GOULART

INTÉRPRETE

QUARTETO CORAÇÃO DE POTRO

RITMO

                          MILONGA ARRABALERA

CD/LP

2ª SEMENTE DA CANÇÃO NATIVA

FESTIVAL

2ª SEMENTE DA CANÇÃO NATIVA

MÚSICOS

Violão: Kiko Goulart
Violão: Vitor Amorim
Violão: Indio Ribeiro
Guitarrón: Ricardo Bergha
Violino: Douglas Mendes

PREMIAÇÃO

2º LUGAR

 BAJO EL PALA

(Filipe Corso, João Sampaio, Kiko Goulart)

Sereno molhando o campo, potro ao tranquito na estrada
Quatro galhos, cola atada, no estilo de domador
Zaino negro, três galopes, bem sujeito campo fora
Floreando ao cantar a espora, no escuro do corredor…

Buçal chato, corda forte, feita numa madrugada
Flor do campo retratada, sobre o florão da testeira
O zaino foi um regalo, do patrão por boa doma
Duma baia gaviona, ficada por caborteira!

Trote largo rumo à vila, no rastro de uma mirada
Da prenda flor colorada, que enfeitava uma janela
Há dias não tinha tempo, e a saudade, tento gasto
Se quedou lá no meu basto, depois que apeei na cancela…

Falquejei a rima pobre, pra regalar pra trigueira
Uma copla de fronteira, de um poema abagualado
Com juras de amor eterno, noites de rondas tropeiras
Tardes longas veraneiras, defronte ao rancho quinchado!

Depois de “cruza” a cancela, com um frio na alma maneada
Vejo a janela fechada, tonto de amor perco a fala
Ao tranco volto pra estância, com um cisco no nó da goela
Apertando o foto dela, que eu levava bajo el pala…

DONA LUA E SENHOR SOL

 

TÍTULO

DONA LUA E SENHOR SOL

COMPOSITORES

LETRA

ROGÉRIO VILLAGRAN

MÚSICA

KIKO GOULART

INTÉRPRETE

INDIO RIBEIRO

VITOR AMORIN

FABIANO BACCHIERI

RITMO

ZAMBA CARPERA

CD/LP

12º ACAMPAMENTO DA CANÇÃO NATIVA

FESTIVAL

12º ACAMPAMENTO DA CANÇÃO NATIVA

MÚSICOS

Violão: Índio Ribeiro

Violão: Vitor Amorim

Bombo Leguero: Fabiano Bacchieri

Violão: Kiko Goulart

Guitarron: Michel Martins

Violino: Douglas Mendes

PREMIAÇÃO

MÚSICA MAIS POPULAR

MELHOR INSTRUMENTISTA – DOUGLAS MENDES

 

DONA LUA E SENHOR SOL
(Rogério Villagran, Kiko Goulart)

Dona lua, toda branca,
"Nochera" em céu destapado,
Cheia de tantos mistérios,
Num firmamento estrelado,
Senhor sol, rompendo as barras,
Estende o manto da aurora,
A noite volta pra dentro,
E o dia, surge lá fora...

Dona lua, atira um beijo,
Senhor sol, faz um aceno,
A brisa entrega o carinho,
Respingado de sereno,

Senhor sol, fica sem jeito,
Porque um campeiro da estância,
Talvez tenha presenciado,
Este romance a distância...

Dona lua e senhor sol,
Por momentos se avistaram,
E este pouco foi bastante,
Pois muito se apaixonaram,
Ficou ele com saudade,
E ela querendo ser sua,
Quando o dia, pela noite,
Trouxe o sol e foi-se a lua...

Dona lua, então sumiu,
Foi dormir no seu exílio
Mas levou dentro de si,
Os encantos de outro brilho,

Senhor sol, tão majestoso,
De uma certeza que tinha,
Bronzeou os seus carinhos,
Pra entregar pra sua rainha.
Um amor pra eternidade,
Anseios de andar buscando,
O sentido que mantém,
Um saindo, outro chegando

Mas a gana de estar junto,
Por si só se perpetua
Quando um dia a luz do sol,
Cobrir o corpo da lua.

Iramirim

Iramirim
(Rafael Machado, Kiko Goulart)

Iramirim resmungão...
Bom vizinho, companheiro,
Tão semelhante ao Barreiro
No quesito construção
Salvo pela decisão
De mesmo portando asas
Ter escolhido erguer casa
Pra baixo, dentro do chão!

Rude noção de ternura
Somada - antes de tudo -
Ao pampiano conteúdo
Da gaúcha arquitetura.
Só o colégio da planura
Sabe que ao descampado
Uma coisa é ser alado
Outra é gostar de altura.

Quando sem ocupação
Chuleio teu ir e vir.
- Como me entrete assistir
Tua movimentação!
Com tanto encargo, função...
Duvido muito sobrar
Tempo para lamentar
Ter nascido sem ferrão!

Como se nunca, jamais...
Por um acaso ou azar
Pudessem ameaçar
Tuas posses territoriais.
Numa dessas teus anais
Garantem que tua vinda
Pra essa terra tão linda
Foi para não sair mais!

Além disso – meu lindeiro –
Tem esse mel que fabricas.
- Não há doçura mais rica
E pura no mundo inteiro!
Quantas vezes de meleiro
Semeei punhados de cinza
Pra não perder – João ranzinza –
O rumo de teu carreiro.

- Quantos anos desde a infância...
Destas lides, seus enredos?
- Não posso contar nos dedos
Saudade, tempo... Fragrâncias!
Hoje os rumos são distância
E as cinzas, um pesadelo
À entordilhar meus cabelos
Conforme as circunstâncias.

Neste ofício pacholento
De amar o chão e cantá-lo
Já me espelhei nos galos,
Nos grilos, no próprio vento!
Só agora me concentro
E confesso sentir ciúme
Do telurismo que assumes
Embicando terra adentro!


Intérprete: Lisandro Amaral