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PENÚLTIMA MILONGA

 

TÍTULO

PENÚLTIMA MILONGA

COMPOSITORES

LETRA

JOSÉ RUFINO DE AGUIAR FILHO

MÚSICA

LUIZ CARDOSO

INTÉRPRETE

CÉSAR PASSARINHO

RITMO

MILONGA

CD/LP

27ª CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA

FESTIVAL

27ª CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA

MÚSICOS

 

PREMIAÇÃO

 


PENÚLTIMA MILONGA
(José Rufino de Aguiar Filho, Luiz Cardoso)

É a penúltima milonga que te faço,
Neste laço que trancei pra te agradar,
Refugando o arremate do fracasso,
Vai meu canto te pedindo pra voltar!

Na garupa do minuano vai meu verso,
Implorando o teu regresso, prenda minha,
Na saudade que me invade, te confesso,
Que minh'alma se cansou de andar sozinha.

Vestirei no jardim desta tapera
Flores belas pra enfeitar nossa morada,
Vai chegar prematura a primavera
E o gaudério vai deixar de andar na estrada!

Se faltar pra esta milonga, no entretanto,
O encanto pra domar teu coração,
Já não mais dedicarei pra ti meu canto
E o meu pranto vai calar o violão!

E só quando se arrimar a viagem longa
Pra que eu deixe este pago em que nasci,
Cantarei minha última milonga,
Testemunha de que nunca te esqueci.

Vestirei no jardim desta tapera
Flores belas pra enfeitar nossa morada,
Vai chegar prematura a primavera
E o gaudério vai deixar de andar na estrada!

É a penúltima milonga que te faço,
É a penúltima milonga que te faço...


GRACIAS AOS PARCEIROS HEINZ E CANAL DO ROOS


O Negro de 35

O Negro De 35
(José Rufino de Aguiar Filho, Clóvis Souza)

A negritude trazia a marca da escravidão
Quem tinha a pele polianga vivia na escuridão
Desgarrado e acorrentado, sem ter direto a razão
Castrado de seus direitos não tinha casta nem grei
Nos idos de trinta e cinco, quando o caudilho era o rei
E o branco determinava, fazia e ditava a lei

Apesar de racional, vivia o negro na encerra
E adagas furavam palas, ensangüentando esta terra
Da solidão das senzalas tiraram o negro pra guerra

(Peleia, negro, peleia, pela tua independência
Semeia, negro, semeia, teus direitos na querência)

Deixar o trabalho escravo, seguir destino campeiro
As promessas de igualdade aos filhos no cativeiro
E buscando liberdade o negro se fez guerreiro

O tempo nas suas andanças viajou nas asas do vento
Fez-se a paz, voltou a confiança, renovaram pensamentos
A razão venceu a lança e apagou ressentimentos

Veio a Lei Afonso Arinos cultivando outras verdades
Trouxe a semente do amor para uma safra de igualdade
Porque o amor não tem cor, sem cor é a fraternidade

(Peleia, negro, peleia, com as armas da inteligência
Semeia, negro, semeia, teus direitos na querência)




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