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Mostrando postagens com marcador Ricardo Martins. Mostrar todas as postagens
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CORAÇÃO DE GUITARREIRO

Título
CORAÇÃO DE GUITARREIRO
Compositores
LETRA
PAULO RIGHI
MÚSICA
RICARDO MARTINS
Intérprete
RAINERI SPOHR
Ritmo

CD/LP
3º ACORDE DA CANÇÃO NATIVA
Festival
3º ACORDE DA CANÇÃO NATIVA
Declamador

Amadrinhador

Premiações


CORAÇÃO DE GUITARREIRO
(Paulo Righi, Ricardo Martins)

Quando a guitarra murmura
E acorda a minha emoção
Eu lhe empresto o outro braço
Pra sentir seu coração

Da querência da guitarra
Onde envelheço e renasço
Eu planto notas de vida
Na terra fértil do abraço

A guitarra me acompanha
Com a manha do meu jeito
Chega sorrindo no braço
Depois chora no meu peito

A alma de guitarreiro
Seleiro de melodias
Guarda grandes sentimentos
Pra germinar cantorias

Os limites da guitarra
Vão além do seu formato
Vão na ponta dos dedos
Segredos do artesanato.

ROMANCE DE FRONTEIRA

Título
ROMANCE DE FRONTEIRA
Compositores
LETRA
CARLOS OMAR VILLELA GOMES
MÚSICA
RICARDO MARTINS
PIRISCA GRECCO
Intérprete
PIRISCA GRECCO
Ritmo
CHAMAMÉ
CD/LP
19º MUSICANTO
Festival
19º MUSICANTO
Declamador

Amadrinhador

Premiações


ROMANCE DE FRONTEIRA
(Carlos Omar Villela Gomes, Ricardo Martins, Pirisca Grecco)

Tô desconfiado que este sol é correntino
Cruzou o rio num tranquito bem marcado
Foi se achegando despacito na ribeira
E quando vi, tava dormindo do outro lado

Fiquei mirando a fundura do seu sono
Até dormindo, resmungava o pobre Sol
Dizia coisas de um amor quase perdido
E percebi que murmurava em portuñol

Mire el lume destes sueños, mire el don de mis palabras
Las ventanas de mis ojos son somente tus escravas
Mira flor madrugadeira, mis auroras que son tuas
Ergue um brinde a las estrellas, mi pasión, amada Luna

Talvez o Sol amasse a lua pelo rio
E a lua moça, da fronteira foi embora
O Sol ribeiro de "allá" revira o mundo
E busca a Lua, vida adentro, céu afora

Mas esta sina que separa Sol e Lua
Talvez um dia se confunda no Arrebol
E a Lua moça com um beijo iluminado

Espante a mágoa de quem "habla" em portuñol.

DIÁRIO DE UM FRONTEIRIÇO

Título
DIÁRIO DE UM FRONTEIRIÇO
Compositores
LETRA
ÉRLON PÉRICLES
MÚSICA
ÉRLON PÉRICLES
Intérpretes
RICARDO MARTINS (CD - 33ª CALIFÓRNIA)
RICARDO MARTINS ( CD – 18º PONCHE VERDE)
ÉRLON PÉRICLES (CD - NA ESTRADA DO SUL)
LEÔNCIO SEVERO (CD – PÁTRIA DE CAMPO)
Ritmo
CHAMARRA
CD/LP
33ª CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA – CD
18º PONCHE VERDE DA CANÇÃO GAÚCHA - CD
NA ESTRADA DO SUL – CD
PÁTRIA DE CAMPO - CD
Festival
33ª CALIFÓRNIA DA CANÇÃO NATIVA
18º PONCHE VERDE DA CANÇÃO GAÚCHA
Declamador

Amadrinhador

Premiações
1º LUGAR – LINHA CAMPEIRA (33ª CALIFÓRNIA)
MELHOR ARRANJO (33ª CALIFÓRNIA)
MELHOR INSTRUMENTISTA – RICARDO MARTINS (33ª CALIFÓRNIA)


DIÁRIO DE UM FRONTEIRIÇO
(Érlon Péricles)

Permiso, paysano! Que eu venho judiado
O sol na moleira, a vida campeira batendo os costado
Permiso, paysano! Pra um mate cevado
Que eu ando na estrada com a vida encilhada, tocando o cavalo

Sou da fronteira, me pilcho a capricho
Potrada é de lei, da lida que eu sei, aperto o serviço
Meio gente, meio bicho, ninguém me maneia
Louco das idéias, sou duro de queixo

Um trago de canha, os amigos de fé
O pinho afinado, tocando milongas e algum chamamé
Com a alma gaúcha e um sonho dos buenos eu guardo a querência
A vida anda braba, e só mete a cara quem tem a vivência

Ah! Livramento me espera, num finzito de tarde
Um olhar de saudade a mirar da janela
Lá, onde o xucro se amansa
Na ânsia do abraço eu apresso o passo pra matear com ela.

Madrugada


Madrugada
(Edgar Acaña, Ricardo Martins)

Os fletes campeiros pastando ao luar
Refugo meu catre pra sorver nuances
Que a noite pintou na barra do dia
Quando nasce o pampa a inspirar romances.

O sol vem ao tranco no lombo de um ruano
E a noite lobuna se faz madrugada
Os mates e prosas se fazem silêncio
Emquanto se encilha, pra outra jornada.

Tinido de espora, rangido de basto
E bater de cascos se fazem poesia
Cavalos e homens se tornam centauros
Na pátria gaúcha ao raiar do dia.

Um zaino escarceia atirando o freio
Se faz haragana uma potra bragada
Que ao sentir "coscas" do laço nos tentos
Bufou contra o vento pedindo bolada.

Ritual que faz parte da vida de campo
Porém só conhece quem cedo levanta
E sai campo à fora com o sol na garupa
E trás a querência nos versos que canta



Potra Milonga


Potra Milonga
(Ricardo Martins)

Esta milonga compadre que canto agora,
Trago abaixo de espora e é bem assim no más,
Milonga potra toda metida por fiada
Sabe se eu topo a parada nunca dou volta pra trás;

Seja no basto, no pêlo ou na garupa
Milonga eu vou na garupa me desculpa o desaforo,
Prefere o couro? Por mim tu fica a vontade
Qualque das "modalidade" deixa que venha ao estouro;

Milonga "lôca"não facilita
Vê se acredita no meu talento
Eu te arrebento como tu "quera"
Sou da "frontera" não froxo nem um tento.

Milonga maula vê se te ajeita
Tu me respeita "óia" o meu mango!
Porque o fandango é de minha autoria
E já te faço da cria de um potro chamado "tango".

Milonga potra, ha potra milonga,
A vida pode ser longa mas tem começo e fim;
Já que é assim que prefere teu caminho,
Pois a dor do teu espinho pouco importa pra mim.

Milonga de Compadre


Milonga de Compadre
(Mauro Moraes, Ricardo Martins)

Atraca essa milonga
Meu compadre véio
Mete o cavalo que o rio dá passo
Atola na várzea até chega na junta
E de poncho nunca
Mete os burro nágua...

Ela enche os tubo
Feito pau de enchente
Ela iguala a gente
Quando manda bala
Meia escramuçada,
Meia redomona
Ela é do tipo à-toa,
Ela é da nossa laia...

Ela é da fronteira, ela é musiqueira
E quanto mais campeira
Mais solta das "pata",
Quando ajeita um verso
De arrasta os tareco
No cano do berro, na ponta da faca!

Atraca essa milonga
Meu compadre véio
Atraca no más
E de peito inflado
Enfia goela abaixo essa melodia
De "aparta" vaca com cria
Lá no Toro Passo...

E se alguma idéia
Te sobrar na telha
E se alguma lenha
Te incendiar os olhos
Encerra as ovelhas
Solta os cachorros
No rastro dos "loco"
De violão no colo.

Ela é da fronteira, ela é musiqueira
E quanto mais campeira
Mais solta das "pata",
Quando ajeita um verso
De arrasta os tareco
No cano do berro, na ponta da faca!

Atraca essa milonga, meu compadre véio
Que esse milongueio é de parar rodeio
E atorar no meio esta judiaria
De negar porfia e de sentar o "reio"...

Pega um mate essa alma boa
E tapa de milonga essa campereada
De escora no freio um verso desdomado
E de pechar boi brabo numa paleteada.

Ela é da fronteira, ela é musiqueira
E quanto mais campeira
Mais solta das "pata",
Quando ajeita um verso
De arrasta os tareco
No cano do berro, na ponta da faca!

Romance De Um Peão Posteiro


Romance De Um Peão Posteiro
(Adair de Freitas, Ricardo Martins)

Quando volto as casa num final de tarde,
Venho assoviando uma coplita mansa;
Meio “basteriado” pela dura lida
Mas meu coração canta de esperança.

Sei que me esperam junto da janela...
Dois olhos matreiros presos na distância
-É a dona do rancho que sai porta fora
Pra os braços rudes deste peão de estância.-

É um rancho posteiro num fundo de campo...
Meu pequeno mundo que eu mesmo fiz;
Como por encanto torna-se um palácio
Pra prenda rainha que me faz feliz.

Esta prenda linda prendeu meu destino,
Não sou mais teatino, veja o que ela fez
E ao olhar seu ventre sei com ansiedade
Que em breve no rancho, nós seremos três

Vou aumentar o rancho pois sou prevenido,
Já tenho escolhido um pingo pra o piá,
Vai ser meu parceiro pras horas de mate
Maior alegria que está não há.

Quem tem o que tenho, vai me dar razão
(De cantar alegre galopeando ao vento)
A saudade é um chasque pra mulher amada
Que me invade o peito, coração a dentro...