Potra Milonga


Potra Milonga
(Ricardo Martins)

Esta milonga compadre que canto agora,
Trago abaixo de espora e é bem assim no más,
Milonga potra toda metida por fiada
Sabe se eu topo a parada nunca dou volta pra trás;

Seja no basto, no pêlo ou na garupa
Milonga eu vou na garupa me desculpa o desaforo,
Prefere o couro? Por mim tu fica a vontade
Qualque das "modalidade" deixa que venha ao estouro;

Milonga "lôca"não facilita
Vê se acredita no meu talento
Eu te arrebento como tu "quera"
Sou da "frontera" não froxo nem um tento.

Milonga maula vê se te ajeita
Tu me respeita "óia" o meu mango!
Porque o fandango é de minha autoria
E já te faço da cria de um potro chamado "tango".

Milonga potra, ha potra milonga,
A vida pode ser longa mas tem começo e fim;
Já que é assim que prefere teu caminho,
Pois a dor do teu espinho pouco importa pra mim.

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