(Fernando Soares, Juliano Gomes, Everson Maré)
Noite de campo que vejo numa lembrança de outrora
Beira de um fogo que acalma, triste cambona que chora
Alma povoada em silêncio deste meu rancho fronteiro
Mateando alguma saudade costeando o sono da espora
Vento que geme na quincha feito um basto na estrada
Resmunga o som de tesoura do picumã amorenada
Quem sabe traga de arrasto alguma manga pras casa
E um cheiro bruto de terra pra invadir a madrugada
Noite que chora pro campo tocando a tropa na sanga
Batiza os lábios da china num galho flôr de pitanga
Somente o sonho que cresce num distanciar de povoeiro
Que parte junto com a aguada pra alguém que vive de changa
E a primavera se estende com olhos claros pra lida
Bolear a perna na estância, este é meu rumo na vida
Solito eu cruzo as horas num camperear de invernada
De rédea firme por diante com alguma mágoa contida
Beira de um fogo que acalma, triste cambona que chora
Alma povoada em silêncio deste meu rancho fronteiro
Mateando alguma saudade costeando o sono da espora
Vento que geme na quincha feito um basto na estrada
Resmunga o som de tesoura do picumã amorenada
Quem sabe traga de arrasto alguma manga pras casa
E um cheiro bruto de terra pra invadir a madrugada
Noite que chora pro campo tocando a tropa na sanga
Batiza os lábios da china num galho flôr de pitanga
Somente o sonho que cresce num distanciar de povoeiro
Que parte junto com a aguada pra alguém que vive de changa
E a primavera se estende com olhos claros pra lida
Bolear a perna na estância, este é meu rumo na vida
Solito eu cruzo as horas num camperear de invernada
De rédea firme por diante com alguma mágoa contida