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Um Taura No Carnaval

Um Taura No Carnaval
(Ivo Brum, Francisco Scherer)

De tanto ouvir pelo rádio propaganda da cidade
Que a grande festa do povo é um baile da sociedade
Fui conhecer o carnaval, baile bom barbaridade.

Vesti uma bombacha nova e uma bota de pelica,
Pensando num vaneirão com alguma prenda bonita.
Eu estava mais por fora do que arco de barrica.

O baile era tão gozado que tinha até fantasia,
E o povo encarreirado suava à reviria,
Troteando em volta da sala como burro de olaria.

É uma baita beberagem este baile diferente,
Tem uns sentados no chão, outros pulando na frente,
E as moça trepam na mesa tapando a visão da gente.

Mulher se veste de homem, veja só que confusão!
Tem homem que é muié se fresqueando no salão,
Bonito de acolherar pra uma tunda de facão!

Dizem que este tal de baile separa muito casal,
Que até cria mãe solteira, bota gente no hospital.
Deus me livre de outra feita pisar no tal carnaval!

O baile era tão gozado que tinha até fantasia,
E o povo encarreirado suava à reviria,
Troteando em volta da sala como burro de olaria.

É uma baita beberagem este baile diferente,
Tem uns sentados no chão, outros pulando na frente,
E as moça trepam na mesa tapando a visão da gente.


Intérprete: David Menezes Junior

Morocha

Morocha
(Mauro Ferreira, Roberto Ferreira)

Não vem Morocha, te floreando toda
Que eu sou manso e esparramo as garras
Nasci no inferno, me criei no mato
E só carrapato é que em mim se agarra.

Tu te aprochegas, rebolando os quarto
Trocando orelha, meu instinto rincha
E eu já me paro todo embodocado
Que nem matungo quando aperta a chincha.

Aprendi a domar amanunciando égua
E para as “mulher”, vale as mesma “regra”.
Animal, te para, sou lá do rincão!
Mulher pra mim é como redomão:
Maneador nas patas e pelego na cara...

Crinuda velha, não escolho o lado
Nos meus arreios, não há quem pelinche
Tu incha o lombo, te encaroço o laço
Boto os cachorros e por mim que abiche.

Não te boleia que o cabresto é forte
O palanque é grosso, senta e te arrepende!
Sou carinhoso mas incompreendido
É pra o teu bem, vê se tu me entendes

Repartindo A Tarecama

Repartindo A Tarecama
(Marco Antonio Nunes, Edson Vargas)

Já são quase 20 ano que sou tua por inteiro
Aguentando teus fiasco, cara feia e borracheira
Hoje que tô chairada pra você perdi valor
Assim não suporto mais, eu só quero é amor.

Quando a cousa se atravessa
Vou te contar meu ermão
Deu a boba na muié
Pediu a separação
Vamo faze um acordo
Eu gritei pela janela
Repartimo a tarecama
Tudo bem me disse ela.

Comecemo pelos bicho: Pode levar o Totó
Deixo o Mimi e a Cocota assim não fico tão só
Leva as bota de borracha o bodoque e a tua canha,
Mas me deixa a querosena e aquele resto de banha.

Leva esse pala véio e o teu baraio de truco
Deixa a jarra de matéria onde eu faço os meus Ki-Suco
Já separei num saquinho meus creme e as vitamina
Leva o óleo de capincho e o vidro de Infalivina.

Fica o tacho e as panela bem assim ela me disse
As cuia, a bomba e bacia e as fita da Berenice
O fogão e a caçarola, mais o colchão e o machado
Mas pode levar a Solingen e o quadro do colorado.

Leva as pilha e deixa o rádio e a tua frigideira
A gamela, as morcia a lanterna e a cristaleira
Só me falta ela quere minha coleção de bulita
Meu serrote e o cantil os guides e o toca fita.

Vou ficar com o baú pra guarda minhas pantalona
Pode levar o teu cepo, a enxada e a cambona.
- Consome com esse pelego!
Me falou bem neste tom
E me deixa uns cinco pila pra pagá a muié do Avon

Tá bem justa a divisão tu não acha seu coió
Pode seguir teu caminho vai campiá outra bocó
Que mulher desaforada me deixou sem um vintém
Mas tá bom não demo bola, um dia a volta vem