Morocha

Morocha
(Mauro Ferreira, Roberto Ferreira)

Não vem Morocha, te floreando toda
Que eu sou manso e esparramo as garras
Nasci no inferno, me criei no mato
E só carrapato é que em mim se agarra.

Tu te aprochegas, rebolando os quarto
Trocando orelha, meu instinto rincha
E eu já me paro todo embodocado
Que nem matungo quando aperta a chincha.

Aprendi a domar amanunciando égua
E para as “mulher”, vale as mesma “regra”.
Animal, te para, sou lá do rincão!
Mulher pra mim é como redomão:
Maneador nas patas e pelego na cara...

Crinuda velha, não escolho o lado
Nos meus arreios, não há quem pelinche
Tu incha o lombo, te encaroço o laço
Boto os cachorros e por mim que abiche.

Não te boleia que o cabresto é forte
O palanque é grosso, senta e te arrepende!
Sou carinhoso mas incompreendido
É pra o teu bem, vê se tu me entendes

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