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Aprumando A Bagualada

Aprumando A Bagualada
(Carlos Madruga, Alex Silveira)

Pealar a bagualada
Na saída da mangueira
No meio da polvadeira
Sentir o cimbro do laço
E o potro num manotaço
Tenteia o cerro da armada
Querendo escapá a bolcada
Quando lhe dobra o espinhaço.

Mas a mão do pealador
É certeira nesse ofício
E como que nem um vício
Não erra nenhum pealo
Nas munheca do cavalo
O doze-braça sovado
De quatro tentos trançado
É um mimo pra este regalo.

Pra uma lida de estância
É coisa linda a potrada
De crina e cola aparada
Um palmo sobre o garrão
E quando frouxa o tirão
Depois do serviço feito
Vê! Que pingo sem defeito
Esse baio do patrão.

E nem dá tempo pra gente
Comentar sobre algum ponto
Se é bem forte de encontro
Ou vai dar por partidor
Se as garra de um domador
Não deixa o bagual cansado
Ou quem sabe neste fado
Seja selim pra uma flor.