Cadastre seu e-mail e receba as atualizações do Blog:

Mostrando postagens com marcador 36ª Coxilha Nativista. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 36ª Coxilha Nativista. Mostrar todas as postagens

EIS ME AQUI

TÍTULO
EIS ME AQUI
COMPOSITORES
LETRA
ROBSON BARENHO
MÚSICA
TALO PEREYRA
INTÉRPRETE
TALO PEREYRA
RITMO
MILONGA
CD/LP
36ª COXILHA NATIVISTA
FESTIVAL
36ª COXILHA NATIVISTA
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES
2º LUGAR
MELHOR LETRA
MELHOR INTÉRPRETE – TALO PEREYRA

EIS ME AQUI
(Robson Barenho, Talo Pereyra)

Eis me aqui músculos, nervos
E mais de duzentos ossos
Sem causa para remorso
Sem obra de algum relevo
Pés de valsa e olhos negros
Língua afiada, lábios grossos
Braços de afeto e esforços
Asco e ódio ao cativeiro
Vinte e oito dentes inteiros
E ociosos se não almoço.

Eis me aqui boca e orelhas
Pulmão ferido a fumaça
Duas cordas vocais falsas
E mais duas verdadeiras
Voz rouca de orvalho e poeira
Tempo, sol, farras, arruaças
Protestos contra as mordaças
Murmúrios as companheiras.

Eis me carinho e escarro
Sem cetro, coroa ou trono
Alheio a santo ou demônio
De pedra, pau, gesso, barro
Quem sabe insano e bizarro
De tanto que me apaixono
Coração em pandemônio
Bafo de vinho e cigarro

Vim, passaporte sem vistos
Asas aos ventos gerais
Alamedas, lamaçais
Roseiras, ipês, granito,
Bordéis, palácios, presídios,
Salões, veredas, currais,
Gentes, coisas, animais,
Histórias, fábulas, mitos

Eis me aqui, depois de muitos
Entre muitos e antes dos outros
Não me serve de conforto
Que ao céu vão os bons e os justos
Sob escárnio dos corruptos
Agonizo junto aos probos;
Sei que o sol nasceu pra todos
Mas serve aos reis mais que aos súditos
E nunca foram os últimos
Os donos de terra e de ouro.




CICATRIZ

TÍTULO
CICATRIZ
COMPOSITORES
LETRA
GUILHERME COLLARES
MÚSICA
ROBERTO BORGES
INTÉRPRETE
JULIANA SPANEVELLO
ANDRÉ TEIXEIRA
RITMO
ZAMBA
CD/LP
36ª COXILHA NATIVISTA
FESTIVAL
36ª COXILHA NATIVISTA
DECLAMADOR
AMADRINHADOR
PREMIAÇÕES
1º LUGAR
MELHOR MELODIA
MELHOR ARRANJO
MELHOR CONJUNTO VOCAL
MELHOR INDUMENTÁRIA – JULIANA SPANEVELLO

CICATRIZ
(Guilherme Collares, Roberto Borges)

Uma lágrima sequer
Verterei por teu olhar...
Viverás da escuridão
Que derramas junto a ti.

Se meu sonho foi teu mal,
Minha dor será teu dom....
Viverei da cicatriz
Do que, um dia, foi amor.

Como véspera de adeus
Ficará tua ilusão.
Se aprenderes a sofrer,
Saberás o que senti.

Tudo é mais do que um adeus
É bem mais que solidão.
Tua imagem já não vejo
Dentro do meu coração.

Resta a grande cicatriz,
Réstia de luz que se apaga...
Indiferença e ausência
Que não dói – já não é chaga!

Passado que se espedaça
E se perde em sombras vagas.
Foste vida, hoje és lembrança:
Ferida cicatriz.