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Cantar Galponeiro

Cantar Galponeiro
(Oacy Rosenhaim, Nilo Bairros de Brum)

Meu verso é rio de águas claras
Correndo para o remanso
É igual a um potro manso
De andar garboso e faceiro
Faz tempo que é meu parceiro
Pois é meu verso que acalma
As penas da minha alma
Nas horas de desespero

O meu cantar galponeiro
Traz a marca da querência
E a prova de uma existência
Cevada no mate amargo
E quem aceita o encargo
De campeiro cantador
Sabe que é fiador
Da memória do seu pago

Quem não renega as origens
É cerno de corunilha
Plantado numa coxilha
Palanque por vocação
Esta xucra devoção
Expressa através do verso
Participa do universo
Sem desgarrar do seu chão

O meu cantar galponeiro
Traz a marca da querência
E a prova de uma existência
Cevada no mate amargo
E quem aceita o encargo
De campeiro cantador
Sabe que é fiador
Da memória do seu pago

Meu verso carrega o timbre
Do sentimento nativo
E cada rima é um estrivo
Onde se afirma a consciência
E nessa busca de essência
Meu canto é quase sagrado
Porque projeta um legado
Além da minha existência

O meu cantar galponeiro
Traz a marca da querência
E a prova de uma existência
Cevada no mate amargo
E quem aceita o encargo
De campeiro cantador
Sabe que é fiador
Da memória do seu pago

Vaga Para O Vento

Vaga Para O Vento
(Oacy Rosenhaim, Hermeto Silva, Beto Castelarim)

Vê bem esse vento gelado que passa
Que sopra fumaça e verga o tarumã

Que é puro selvagem
E marca passagem
Cortando até alma
Nas frias manhãs

Escuta essa voz e reflete contigo
Nesse canto antigo de falas divinas
Que corta as coxilhas
Embala as flexilhas
E assusta até o flete agarrando suas crinas

De onde virá?
Qual será seu destino?
Gaudério e teatino
Sem rumo e sem trilha
Trará na memória
Por rastro de história
As patas do tempo pingaço que encilha

O que terá visto?
O que irá presenciar?
No seu galopar por planuras e montes
Trará em sua mala esvoaços de pala
Ou negras mortalhas de trás do horizonte
Ouviste esse grito tão velho e sofrido
Se ora aguerrido ora triste profundo

Nas vezes sem conta que nuvens reponta
Rever o padrinho pros duelos do mundo

O vento Minuano é que inspiro esta vaga
Que varre essas quadras

Nas frias manhãs
Que é puro selvagem
Que marca passagem
Soprando a fumaça a vergar tarumã