Quando O Homem Se Aparta Da Lida
(Severino Moreira, Mauro Nardes, Sérgio Rosa)
Beirando a estrada real,
Mirando a terra batida,
Homem cheirando a pampa
Tem sede de campo e lida.
Cuidando léguas de campo,
“Criando” vacas de cria,
Sovando lombo de potro,
Para sustento dos dias.
Habita casa e galpão
Num “pedaço de fronteira”
Numa espera que se estende,
Por quase “a vida inteira”.
Porém um dia o sonho,
“Caminha na contramão”,
Uma queda um estalo,
Apaga o rastro do chão.
Parou quase a metade,
Mas ta vivo um coração,
E a saudade da lida,
Se faz rumo e razão.
As ideias se arrefecem
Mirando campo e o gado,
E a mão de tantos calos,
Só manuseia o rodado.
Padece do “ostracismo”,
Com tanta pampa pra ver,
As pernas perderam forças,
“E já não querem obedecer”.
E o homem fibra de aço
“Hoje está na previdência”
Mas sobra força na alma
Pra nortear sua existência.
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