Que Homens São Esses
(Francisco
Castilhos, Carlos Moacir Rodrigues)
Que homens
são esses que fogem a luta?
Será que não
sabem as glórias do pago?
Que homens
são esses que nada respondem,
Que calam
verdades, que reprimem afagos
Que homens
são esses que trazem nas mãos,
O freio, o
cabresto, a rédea e o buçal
Que homens
são esses que tem o dever
De fazer o
bem, mas só fazem o mal
Eu quero ser
gente igual aos avós
Eu quero ser
gente igual aos meus pais
Eu quero ser
homem sem mágoas no peito
Eu quero
respeito e direitos iguais
Eu quero
este pampa semeando bondade
Eu quero sonhar
com homens irmãos
Eu quero meu
filho sem ódio nem guerra
Eu quero
esta terra ao alcance das mãos
Que sejam
mais justos os homens de agora
Que cantem
cantigas antigas e puras
Relembrem
figuras sem nada temer
Procurem um
mundo de paz na planura
E encontrem
na luta, na força e na raça
Um novo
caminho no alvorecer
Desperta meu
povo do ventre de outrora
Onde marcas
presentes não são cicatrizes
Desperta meu
povo liberta teu grito
Num brado
mais forte que as próprias raízes