(Maria
Ester Vidal, Delci Taborda)
Atrás
dos meus olhos cavalguei nesta estrada
Sem
nunca indagar-me sobre o que perseguir...
Precisou
um sabiá sentar no meu ombro,
E
retirar o escombro para eu me sentir!
O
sol já poente tocou a janela,
Convidando
a um passeio no céu que encobri,
Emprestou-me
suas asas o sabiá viageiro,
E
saí mundo afora sem demora de ir!
Andei
no infinito das canções que escrevi,
Pude
ver a leveza que um poeta experimenta;
Misturei-me
às nuvens sem deixá-las cair,
Voando
nas frases que a alma arrebenta!
Meus
olhos que viam tão claro o momento,
Embaçaram
o espelho com gotas de amor,
O
céu já vermelho me deu o firmamento
E
me vi abraçado com o sabiá e o cantor