Fronteiriça
(Marcelo D´Ávila, Miguel Villalba)
Esta milonga pampeana
Eu canto ao sabor do vento:
Brasileira e castelhana
Sob a luz do firmamento,
Dos pagos lá da fronteira
De Rivera e Livramento.
Por entre as cordas do pinho
Eu nasci e me criei;
Eu que escolho meu caminho,
Eu que sempre escolherei;
Eu que faço minha estrada
E nada me prende à lei.
Meu violão é meu arado
Com que planto meus sentidos;
Mesmo que eu seja calado
Meu canto será ouvido
E ficará como esteio
Em meio aos oprimidos.