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DA ALMA DE UM LANCEIRO

 

TÍTULO

DA ALMA DE UM LANCEIRO

COMPOSITORES

LETRA

IVONIR LEHER

MÚSICA

LUIS FELIPE CORNEL

INTÉRPRETE

LUIS FELIPE CORNEL

RITMO

MILONGA

CD/LP

1º FESTIVAL DA CANÇÃO LANCEIROS DO BATOVI

FESTIVAL

1º FESTIVAL DA CANÇÃO LANCEIROS DO BATOVI

MÚSICOS

 

PREMIAÇÃO

 

 
DA ALMA DE UM LANCEIRO

(Ivonir Leher, Luis Felipe Cornel) 

Fiz de potreiro, as coxilhas do Rio Grande
De berço pátrio os campos do Batovi
Deste mangrulho contemplei vasto horizonte
Bebi da fonte nas águas do Jaguari 

Por estas bandas fui soldado sem quartel
Risquei fronteiras à lança e ponta de adaga
Sina guerreira que herdei de pai p’ra filho
Sangue caudilho que a memória não apaga 

Servi às hostes da velha Cavalaria
Gastando estribo fui lanceiro e domador
P’ra João Propício amansei um pingo tordilho
Bom de lombilho trote manso e marchador 

Peleando junto com Osório, o legendário
Em Paysandu, meu sangue foi derramado
Nasci da terra e a terra me fez mortalha
Porém minh’alma não deixou de ser soldado
 
Nas noites claras rondo o velho Regimento
Quando o lamento do minuano faz ponteio
A um relincho perdido na madrugada
Campeando “as casa”, p’ra desencilha do arreio 
 
 

 


ROMANCE DE MORTE E CARREIRA

 

TÍTULO

ROMANCE DE MORTE E CARREIRA

COMPOSITORES

LETRA

FELIPE OLIVEIRA

MÚSICA

FELIPE CORNEL

INTÉRPRETE

FELIPE CORNEL

GUGA MARQUES

ANDERSON MARQUES

RITMO

ZAMBA

CD/LP

25º PONCHE VERDE DA CANÇÃO GAÚCHA

FESTIVAL

25º PONCHE VERDE DA CANÇÃO GAÚCHA

MÚSICOS

VIOLÕES SOLO: FELIPE FAGUNDES E RAFAEL TATU
VIOLÕES BASE: FELIPE CORNEL E GUGA MARQUES
BOMBO LEGUERO: ANDERSON MARQUES


ROMANCE DE MORTE E CARREIRA
(Felipe Oliveira, Felipe Cornel)

Madrugaram antes do canto dos galos
No rancho posteiro da estância antiga
Duas almas com lumes de campo
Brilhando pela ultima vez nesta vida

Distancias se alongam depois da partida
E no posto circundam ares sombrios
O tropel aos poucos vai silenciando
E o coração apertando como nunca se viu

O sol sonolento teimava em seu catre
Trazendo o ódio de alguém desalmado
Que nas patas do parelheiro picaço
Perdeu o que tinha na vida juntado

Carreira parelha fucinho a fucinho
Na cancha ajeitada do seu maldonado
Um taleiro errado no negro cavalo
Se perde na poça quem vence é o gateado

E aquilo que tinha perdido na cancha
Com a folha da faca veio cobrar
Pouco importava o sangue inocente
Trazia nos olhos a morte a vingar

Contra a força brutal e a faca afiada
Sozinha no rancho nada pode fazer
Depois dos gritos ficou o silêncio
Pois a cruz que carrega condena a morrer

E os cobres rendidos no ágil gateado
Ao invés de ser sorte transformou-se em culo
E o agouro por destino campeou a volta
Trocando as flores pelo negro do luto

De volta ao rancho vê o amor que partiu
E a vida ao posteiro perdeu o sentido
Ficou um gaucho pela própria faca
Sobre a flor colorada estampada no vestido