As Razões Das Argolas
(Gilberto Trindade, Xuxu Nunes)
Cruzam a história gaúcha
Servindo peões e povoeiros
De aço prendem nos laços
O entono dos caborteiros
De ouro enlaçam os amores
E enfeitam dedos solteiros
O bronze que forja sinos
Templa argolas de valor
Nos aperos “de patrão”
Da prata emprestam a cor
E vendem brilho na estampa
Presas na mão do doutor
Mal comparando as argolas
São como os homens também
Na força de seus abraços
Seguram tudo o que tem
Mas nem cobertas de ouro
Prendem o coração de alguém
Amarram sonhos nos outros
E amores mundo afora
Prendem as rédeas no freio
E o tento a alma da espora
E encantam os olhos da gente
Ornando brincos de argolas
Parceiras de vida e lidas
Guardando nossos valores
Cruzam a história gaúcha
Servindo a peões e senhores
Mas jamais botaram garras
Nos sonhos dos sonhadores