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A Morte De Um Potro

A Morte De Um Potro
(Rogério Ávila, Carlos Madruga)

Na pata do potro, o talho do arame
Do sangue no pasto, o golpe no chão
Se desata a rédea e a campana do estrivo
Vai sonando nos basto uma prece ao rincão!

A morte de um pingo na lida da doma
É triteza que assoma no olhar de um campeiro
Se vinha blandeando, terceando com a espora
Num berro, que agora, é silêncio ao potreiro!

Assim cruza o rastro, o índio vaqueano
Buscando o abandono do que amadrinhou
Saber da trompada queu viu contra o mato
E o potro veiáco se descogotou!

Retardam chilenas e as cordas de arrasto
A cincha e os basto numa ausência de lombo
Ficou um pedaço de pampa estendido
E o pago sentido no quadro de um tombo!

Talvez a querência anoiteça mais triste
Mas o campo se arrima na sorte de um outro
Ficou a mirada lembrando do estouro
Na falta do couro das garrão de potro!

Assim cruza o rastro, o índio vaqueano
Buscando o abandono do que amadrinhou
Saber da trompada queu viu contra o mato
E o potro veiáco se descogotou!