O Fio Do Horizonte.
(Severino Moreira, Sergio Rosa)
No olhar cabe inteiro
A mão não pode tocar
Evita a nossa presença
Se mudando de lugar
(Severino Moreira, Sergio Rosa)
No olhar cabe inteiro
A mão não pode tocar
Evita a nossa presença
Se mudando de lugar
Do cerro parece imenso
Da canhada só um tirão.
É um espaço aberto
Que prende pela visão.
Da canhada só um tirão.
É um espaço aberto
Que prende pela visão.
Amanhece colorado
E anoitece cor de breu
Por vezes é silhueta
Que a neblina escondeu
E anoitece cor de breu
Por vezes é silhueta
Que a neblina escondeu
Parece potreiro grande
Que na retina encerra
É um lugar abençoado
Onde o céu beija a terra.
Que na retina encerra
É um lugar abençoado
Onde o céu beija a terra.
A lua mostra o dorso
Na beleza que seduz
Madrugada da “Bom Dia”
Com os seus raios de luz.
Na beleza que seduz
Madrugada da “Bom Dia”
Com os seus raios de luz.
No verão estremecido
Primavera enfumaçado,
Primavera enfumaçado,
No inverno dorso grisalho
No outono desfolhado.
No outono desfolhado.
Numa noite de tormenta
Mescla negrume e clarão
Resume em palmo e pico
Ou mostra a imensidão.
Mescla negrume e clarão
Resume em palmo e pico
Ou mostra a imensidão.
Estampa dois sentimentos
Na imagem cruzando o fio
Alegria de quem chega
E a dor de quem já partiu.
Na imagem cruzando o fio
Alegria de quem chega
E a dor de quem já partiu.
Intérprete:
Analise Severo