Mostrando postagens com marcador 19ª Vigília do Canto Gaúcho. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador 19ª Vigília do Canto Gaúcho. Mostrar todas as postagens

ROMANCE FRONTEIRO

Título
ROMANCE FRONTEIRO
Compositores
LETRA
GUJO TEIXEIRA
MÚSICA
JULIANO GOMES
Intérprete
MARCELO OLIVEIRA
Ritmo
CHIMARRITA
CD/LP
19ª VIGÍLIA DO CANTO GAÚCHO
Festival
19ª VIGÍLIA DO CANTO GAÚCHO
Declamador

Amadrinhador

Premiações
2º LUGAR
MELHOR POESIA
MELHOR INTÉRPRETE – MARCELO OLIVEIRA

ROMANCE FRONTEIRO
(Gujo Teixeira, Juliano Gomes)

Um dia desses fronteiro, me larguei de alma bem vinda
Rumo aos floreios de um rancho, aonde mora minha linda
Meu pingo baio escarceia num tranco de madrugada
Gasta distância de léguas buscando o rumo e mais nada

Um vento bom de saudade me assopra das laranjeiras
Me adoça a estrada comprida e por nada a vida inteira
Meu coração de campanha parece que sabe a volta
Chega bem antes de mim, conhece o atalho e se solta

Quem tem a alma nos olhos de uma florzita de campo
Faz das estrelas da noite um lume de pirilampo
E junta o silêncio claro de basto, espora e barbela
Com um assobio compassado, sonando coplas pra ela

Pelo acalanto do vento que desce desde a coxilha
Minha saudade se achega e assim no más desencilha
Um mate é quase um saludo no doce-amargo de um beijo
Pelo carinho das mãos e um jujo bom de poejo

Trouxe de tiro esta lua, num riso em quarto crescente
Só pra alumbrar os olhos negros da noite que cai silente
Se enfeita minha primavera com a flor do meu rincão
E um canto de chimarrita que encanta o meu coração

Canto um romance fronteiro desses que a noite ainda encobre
Nos alvoroços de um pala minguado de rima pobre
Quedando a noite serena que prometia um abraço
E ela de pala no ombro sonhando aqui nos meus braços.


A Estrela Torta Da Espora

TÍTULO

A ESTRELA TORTA DA ESPORA

COMPOSITORES

LETRA

GUJO TEIXEIRA

MÚSICA

EVERSON MARÉ

INTÉRPRETE

EVERSON MARÉ

RITMO

CHAMARRA 

CD/LP

19ª VIGÍLIA DO CANTO GAÚCHO

FESTIVAL

19ª VIGÍLIA DO CANTO GAÚCHO

MÚSICOS

 

PREMIAÇÕES

 


A Estrela Torta Da Espora
(Gujo Teixeira, Everson Maré)

A estrela torta da espora, boca da noite desceu cadente
Metendo os dente, contra as costelas do colorado
Fechou o céu, escureceu, e eu firmei meu posto
A contragosto, que eu vinha lindo, de chapéu tapeado.

Quem que mandou, querer por conta desencilhar
Sem me deixar, nem apeiar, ou descer ligeiro
Foi resolver, mais outra vez, arrastar minhas garras
Agora por farra, vai me levar, que eu sou caborteiro.

Meu colorado as vez parece que esquece a doma
Quando se assoma com a alma ruim dos potro veiaco
Um dia desses, me errando coice, se estendeu pra fora
Me entortou a espora do pé direito e arrancou um taco.

Agora eu vinha, num tranco estradeiro de bota nova
Primeira sova, couro de capincho, cosa bem feita
E o colorado mudou o trancão, e agachou o toso
E por baldoso, me entortou de novo a espora direita.

Mais hoje a história, por bem ou mal, já foi diferente
Firmei os dente, uns sete ou oito, dos que restaram
Contra a barrigueira e couro grosso do colorado
E de chapéu tapeado, abanei o pala pros que olharam.

Mais aí que a sorte de quem se estriva, vai água abaixo
Foi-se o barbicacho, e o chapéu tapeado boleou pro chão...
E o colorado ainda pisa a copa do meu aba larga
Daí sim fiz carga, e entortei a outra, firmando o garrão.