Quando O Rio Grande Corre Pelas
Veias
(Marcelo D´Ávila, Robson Garcia)
Nalgum fundo de campo da fronteira
Um índio bem montado mira ao longe
E a pampa inteira cabe nos seus olhos
Repletos de coxilhas e horizontes.
Há muito de querência neste homem,
Há séculos de história escrita em versos
E a herança da Campanha se reflete
Na simples amplitude de seus gestos.
A singeleza de cevar um mate
E alçar a perna pra espiar estrelas
É a liturgia do ritual campeiro
Quando o Rio Grande corre pelas veias.
Nalgum fundo de campo da fronteira
Com a proteção sagrada do chapéu
Um índio afina as cordas da guitarra
Olhando a pampa comungar com o céu.
Sou eu o homem que bombeia ao longe
Repleto de coxilhas e distâncias;
O campo é minha razão, é minha essência,
Porque eu sou eu e minhas circunstâncias.
Campeã da XIX Tertúlia Nativista de Santa Maria,
ResponderExcluirbaita abraço Marcelo, grande letra e grande interpretação desta indiada.
Gracias, Luciano!
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