Levando O Corpo
(Fabrício
Harden, Eduardo Soares)
Levando
o corpo num pingo bueno eu me garanto
Se
hay descampado e o maula topa a parada
A
toda pata faço que volte para o rodeio
E
esbarro manso meu doradilho junto da aguada
Levando
o corpo na lida bruta repasso os dias
Tocando
gado pelas estâncias deste torrão
E
ao fim da tarde ao se calarem as nazarenas
Aperto
um mate junto ao brasedo lá do galpão
Se
a gaita chora, nalgum surungo beira de estrada
Peço
a bolada, golpeio um trago junto a balcão
E
bem campante entro na sala ao trotezito
Levando
o corpo numa morena flor do rincão
Se
a volta é feia levando o corpo livro a rodada
Pra
“cruzá” a perna e saí ao trote num despraiado
E
vez por outra levando o corpo ajeito as garras
Firmando
a estampa para o costeio de um desbocado
Levando
o corpo procuro a volta no pingo bueno
Que
sai ao trote remoendo o freio por melodia
Por
certo volta mais altaneiro para a querência
Se vier na anca uma morena ao clarear do dia
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