Pago Perdido
(Antonio Augusto Ferreira, Everton Dos Anjos Ferreira)
Um rebenque, um freio, um para de esporas
Restos de história onde a saudade esbarra
Quem já foi tropa, mas é tento agora
Afina o coração pela guitarra
Nasci onde nasceu o continente
Sou do tempo das tropas e manadas
Pintei de rubro o cerne dessa gente
Gastei poncho e cachorro nas estradas
Tive tropilhas de pêlo e procedência
Para amansar os rumos da querência
Antes dos bretes e dos corredores,
Rincões abertos para casco e guampa,
As madrugadas de Deus eram melhores
E mais rosadas as manhãs do pampa
Cavalos, gados, campos, armas, sedas,
Relíquias guascas que a memória trago,
Perderam-se nos rumos e veredas
Por onde andou a história do meu pago
Tive tropilhas de pêlo e procedência
Para amansar os rumos da querência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário