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DE MANO

Título
DE MANO
Compositores
LETRA
TADEU MARTINS
MÚSICA
LEONEL GOMEZ
Intérprete
LEONEL GOMEZ
Ritmo

CD/LP
19ª COMPARSA DA CANÇÃO
Festival
19ª COMPARSA DA CANÇÃO
Declamador

Amadrinhador

Premiações
2º LUGAR
MÚSICA MAIS POPULAR


DE MANO
(Tadeu Martins, Leonel Gomez)

Saiu de mano, lombo riscado
Marca de argola, mas empatada
Se ergueu com gana de marimbondo
Se recompondo de uma patada

Saiu de mano, olhando ao longe, meio reinosa
Baixeiro suado, baixeiro suado
Sobrou do fervo, tastavilhada, terra e bocada
Tudo empatado, tudo empatado

Ficou na mesma, negando estribo
Sem lado manso, no atropelão
Não teve lucro e nem prejuízo
Fazendo juízo quem der a mão

Curado o trote da vida à fora
Ficou um belisco no coração
Tendo ressalga, tempo e salmoura
Com salsa-moura, rédea no chão.


Cria Do Carajá

Cria Do Carajá
(Tadeu Martins, Érlon Péricles)

“Abro meu peito cantando, amigos peço atenção
Quem nasceu como eu nasci no berço da tradição
Defende a poesia xucra com alma e com devoção
Sou gaúcho missioneiro e morro pelo meu chão!”

Sou missioneiro... Pilincho-telha
Terra vermelha no meu patuá!
Eu uso a cruz de quatro braço
E mais dois braço, se precisá!

Sou missioneiro de qualquer lado
Fui batizado, no Carajá
Pego serviço com meus arreios
Não tem corpeio, quando é pra já!

Fim de semana, onde me embromo
Por onde eu tomo meus guaraná,
Tenho um enredo, Cuñatay...
Que conheci num ah! ah!ah!

A campo fora canto à porfia
Trago a mania, desde piá!
Quando me agarro numa alaúsa
Eu tenho cruza com tamanduá!

Sou missioneiro... Pilincho-telha
Terra vermelha no meu patuá!
Eu uso a cruz de quatro braço
E mais dois braço, se precisá!

Um dia eu largo, da vida bruta...
Desta labuta, ao Deus dará,
Finco meu rancho e junto uns troço
E será nosso meu carajá!

Querência choca, pipiricando
Fica ciscando pra alimentar
Assim é a terra de amor comum
Pra que nenhum vá se extraviar

Deixada Só

Deixada Só
(Tadeu Martins, Elton Saldanha, Carlos da Silva)

Situada aos olhos doces de quem cruza
Perdida no enô de campo triste e linda
Entre o capão e o varzedo que raleia
Sempre ventando o arvoredo que verdeia

Tapera, sozinha
Tapera, sozinha

Uivos de vida nos mourões cravados
Com paradouros mansos que a ventania vem socorrer
Cada rajado santa fé esmiúça e a timbaúva escaramuça
Soluça, soluça, entardecer

Deixada só
Deixada, nos beirões do pampa
Adentrando a cerca nos bambugais

Tapera nova
Arvoredo velho
No lar da gente
Não mora mais