Cria Do Carajá
(Tadeu Martins, Érlon Péricles)
“Abro meu peito cantando, amigos peço atenção
Quem nasceu como eu nasci no berço da tradição
Defende a poesia xucra com alma e com devoção
Sou gaúcho missioneiro e morro pelo meu chão!”
Sou missioneiro... Pilincho-telha
Terra vermelha no meu patuá!
Eu uso a cruz de quatro braço
E mais dois braço, se precisá!
Sou missioneiro de qualquer lado
Fui batizado, no Carajá
Pego serviço com meus arreios
Não tem corpeio, quando é pra já!
Fim de semana, onde me embromo
Por onde eu tomo meus guaraná,
Tenho um enredo, Cuñatay...
Que conheci num ah! ah!ah!
A campo fora canto à porfia
Trago a mania, desde piá!
Quando me agarro numa alaúsa
Eu tenho cruza com tamanduá!
Sou missioneiro... Pilincho-telha
Terra vermelha no meu patuá!
Eu uso a cruz de quatro braço
E mais dois braço, se precisá!
Um dia eu largo, da vida bruta...
Desta labuta, ao Deus dará,
Finco meu rancho e junto uns troço
E será nosso meu carajá!
Querência choca, pipiricando
Fica ciscando pra alimentar
Assim é a terra de amor comum
Pra que nenhum vá se extraviar