Romance De Estrada E Bolicho
(Otávio Severo, Matheus Leal)
Ranchito viejo de estrada é pulperia
Mostrou o pingo com olhar de pirilampo
Que lua buena tira o pala e faz costado
Pois do outro lado não há mais lugar pra santo
Frente ao palanque desapresilho o cabresto
Proseio baixo lastimando o companheiro
Permisso à pausa e a São Liso e ganho a porta
Acerto a volta e um até logo pra o copeiro
Adentro quieto pensando comigo mesmo
Destino maula que sobrou pra o cavalo
Enquanto um vai bolichando noite a fora
Sem querer o outro segue a esperá-lo
Me sirva aquela branca pura bolicheiro
Que a madrugada não me agarre dos garrão
Final de esquila, folga mansa de domingo
Queria o pingo me tirar deste balcão
Lembrei da linda que romanceia meus sonhos
E da tropilha redomona pra entregar
São mil imagens que habitam o fundo do copo
Velha magia que a canha pode ofertar
Relincha o pingo me convidando pra estrada
Na noite clara sereno o pala abanando
Rimando o canto genuíno das esporas
Me vou embora com a lua de contrabando
Adentro quieto pensando comigo mesmo
Destino maula que sobrou pra o cavalo
Enquanto um vai bolichando noite a fora
Sem querer o outro segue a esperá-lo
Me sirva aquela branca pura bolicheiro
Que a madrugada não me agarre dos garrão
Final de esquila, folga mansa de domingo
Queria o pingo me tirar deste balcão