Pra Quem Vive Nas Criollas
(Nelson
Cardoso Menna, Leonardo Borges)
A
espora o tento e o reio
Ferramentas
de serviço
Dos
homens rudes do pago
Que
tem a sina do vicio
De
montarem aporreado
Pra
armarem o reboliço
Pra
um ginete agarrado
Pouco
importa a ocasião
Se
hay clina ou desclinado
Encerdado
ou tentão
O
que vale é se apruntar
Como
manda a tradição
Pra
um ginete macharrão
Pouco
importa o tombo e a dor
Pra
representar a pampa
Com
orgulho e com amor
Bandeia
todas as fronteiras
Compeando
a “volta de honor”
As
criollas da fronteira
Trazem
“enbrujos” e segredos
Nos
berros dos caborteiros
Nas
clinas por entre os dedos
Unindo
pátrias hermanas
Nos
corcoveos desses rudeos
Pra
ginetear de grupa
Opiguélo
é pequenino
Pra
pinchar sobre a paleta
Num
estilo correntino
Quando
um urco se levanta
E
se larga em desatino
Monta
bruta de fronteira
Se
vem no couro estendido
Levando
o potro na rédea
Sem
recursos dos estribos
Não
é para os sabonetes
La
pucha! Nem pros hodidos