(Marcelo
D´Ávila, Penna Flores)
Quando
a morte arma seu laço
Num
tiro justo nos tocos
Morrer
em cima dum pingo
É
honra dada pra poucos.
Fazer
campa do lombilho
De
uma encilha lindaça
E
uma coroa trançada
Com
os tentos do doze braças.
Quem,
por campeiro e ginete,
Morre
agarrado ao sovéu
Num
buenas-noites pra terra
Sobe
a cavalo pro céu.
A
altivez do último gesto
Na
mão que segura o freio;
Quem
morre sobre um cavalo
Vai
pro céu parar rodeio.
E
quando pingo e ginete
Se
irmanam na mesma morte
É
que a tava do destino
Caiu
clavada na sorte.
Uma
ossamenta velada
Pela
luz dos pirilampos:
Cavalo
e homem plantados
No
ventre fértil dos campos.