Passando O Mango Na Morte
(Getulio
Silva, Mario Nenê, Walther Morais)
A
morte é uma potra xucra que não se amansa no mais
Um
dia o vivente cai e vai pra dentro do chão,
Pouco
importa se é patrão, capataz ou peão campeiro
A
morte não tem parceiro, nem faz grau de distinção
Nem
por isso tenho medo vou quando chegar a hora
Se
me enredar nas espora, são os cavaco da lida
Quando
o rodeio da vida, embretar as esperanças
Então
só serei lembrança, porque me fui de partida
Não
sou de fazer lamuria, ficar chorando mazela...
Aos
tombos me livro dela, amadrinhado c’oa sorte,
Arreglando
meus arreios, metendo bocal e freio
Faço
da vida um floreio, passando o mango na morte
Por
isso meu companheiro, vou gambeteando a danada
A
trotezito na estrada, sem pensar na minha ida,
Da
morte não tem saída, vamos pelear e viver
Educar
e aprender, dando mais valor a vida
Vou
pilchando meu destino de alegria e de prazer
Pois
de que adianta sofrer pelas migalhas que herdamos
Se
na morte não levamos os nossos bens materiais
Só
vão junto os ideais e o amor que proporcionamos