No Calor das Labaredas
(Gujo Teixeira, Érlon Péricles)
Vou guardar
estes momentos
Que há muito
tempo procuro
No mesmo clarão
maduro
Da lua potra
sinuela
Que repontou
uma estrela
Pra me guiar
no escuro.
E a mesma
noite que antes
Era silêncio
e tapera
Já floresceu
primaveras
Pelos campos
da morada
Pondo rosas
coloradas
No caminho
das esperas.
E o rancho
se encheu de risos
E o vazio
virou oposto
Para os
rigores do agosto
Que me
mostraram depois
Que o mate
tomado a dois
Sempre tem o
melhor gosto.
Então quando
os meus olhos
Campeiam os
dela por perto
Revelam o
rumo certo
Pra um coração
sem fronteiras
Que às vezes
acha porteiras
Mesmo
estando liberto.
Quando chega
a madrugada
Vestindo
rendas e sedas
Trazendo das
alamedas
Um vento
feito oferenda
Vou me
aquecer junto à prenda
No calor das
labaredas.