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Os Quatro Espelhos

Os Quatro Espelhos
(Jaime Vaz Brasil, Flávio Vaz Brasil)

Quantas nuvens
Passarão ligeiras
No olhar das aves?
No olhar das aves há um espelho.

Quanta estrela
Dormirá sem brilho
No olhar da lua?
No olhar da lua há um espelho.

Quantos verdes
Correrão exatos
No olhar dos tigres?
No olhar dos tigres há um espelho.

Quantas cores
Pulsarão mais vivas
No olhar dos cegos?
No olhar dos cegos
O espelho vai no centro
Da alma, vista por dentro.

Cobraluz

Cobraluz
(Jerônimo Jardim, Ivaldo Roque)

Boitatá,
Cobraluz, cobra grande
Amarelo azulada.
Boitatá
Cobraluz, tem a peste
Na noite velada.

Boitatá,
Vai solita, enrolada
Pela madrugada.
Boitatá,
Luz dos olhos na morte
Da tropa empestada.

Boiguaçú,
Tem alma no corpo
Da tropa assombrada.
Luz, mormaço
Que apaga na argola do laço