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GARRONEIRAS

 

 

TÍTULO

GARRONEIRAS

COMPOSITORES

LETRA

SILVÉRIO MOTTA

MÚSICA

VICENTE CARVALHO

INTÉRPRETE

JULIANO MORENO (TRIAGEM)

ISMAEL BRANDT (FESTIVAL)

RITMO

MILONGA

CD/LP

 

FESTIVAL

1° VERSOS E CANTIGAS DA JUVENTUDE GAÚCHA

MÚSICOS

RÉGIS MORKIS (VIOLÃO SOLO), VICENTE CARVALHO (VIOLÃO BASE)

 RECITADO

SILVÉRIO MOTTA



GARRONEIRAS
(Silvério Motta, Vivente Carvalho)

“Dos garrão” de um bagual mouro
A “ferro e fogo” arrancada,
Ali mesma foi calçada
Pelos pés de algum mulato
Para moldar seu formato
Ainda ensanguentada;

Levou dias oreando
Até que ficasse pronta
Teve cortada sua ponta
Ficando a meio pé
Foi companheira de fé
Em todas lidas campeiras
Velha bota garroneira
Que pisou, por majestosa
Em quatiaras venenosas
E no barro da mangueira;

Velha bota garroneira
Viveste dias de glória
É parte da nossa história
E hoje está quase esquecida
“de a muito” foste benzida
Com suor da cavalhada
Por nazarenas marcada
E o estribo foi tua guarida

Vai durar mais de cem anos
Pois nasceste pra ser forte
De um culo, ganhaste a sorte;
Feito alguma alma penada
Que vagueia na invernada
“Um pouco” além da morte;

Da morte ganhaste vida
Talvez por isso o destino
Que por quebra ou por malino
Um triste fim reservou
À ti que um dia calçou
Muitos mulatos vaqueanos
E hoje vive o desengano
Nos pés de um novo “peão”
Que se enfeita no salão
Pra bailados cetegeanos.