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Coisas de Galpão


Coisas de Galpão
(Leonardo Quadros)

Um galpão velho assombrado, pra contar histórias
E pra ter memória, dos antepassados
Que cevaram mates, pelas invernias
Nas tardes mais frias, de inverno no pago

Dizer que hay fantasmas, de gaúchos paysanos
Fulanos, ciclanos de alma lavada
Legendas antigas, parceiros da morte
Que na tava botam, de sorte clavada

Essas milongas pampeanas,que sonam aos quatro ventos
Vão ficar de documento, da história do nosso estado
É um palanque bem cravado, no próprio solo pampeano
Pra deixar de ano após ano, atada a história do pago

Um galpão bueno e mais nada, pra milonguear pensamentos
Ouvindo o choro do vento, e o relincho da potrada
Uma guitarra afinada, e um mate cara alegre
É assim que a vida segue, no galpão minha morada