(Leonardo Quadros)
Minh`alma é cerne de
anjico
Que não queima assim no
más
Não me entrego pra milico
Pra patrão ou capataz
Não gosto de maturrango
Tão pouco de calavera
Tenho minh`alma encordoada
Numa chamarra fronteira
Do meu jeito essa chamarra
Cheirando a campo e a
terra
É o meu grito de guerra
É a minha alma encordoada
É o mundo de cola-atada
Disparando num varzedo
É minha vida em segredo
É o meu jeito em payada
Eu trago alma encardida
De andar pelos galpões
Calejada de bordões
Por cantor e guitarreiro
Sei que o destino é
traiçoeiro
E a coisa anda apertada
Se não tem carta jogada
Não me meto no entreveiro
Eu sou bem isso que falo
Nos versos que hoje canto
Mescla de estrada e campo
Um bravo tigre da pampa
Por onde for que eu ande
Abro o peito e não me
inleio
E se preciso, peleio
Pra defender minha estampa