Bugio Novo
(Edson Dutra, João Pantaleão Leite)
Dos bugios que cantamos ao povo
Surgiu um novo contando lorotas
E trazendo na mala de viagem
A bagagem de mil anedotas
Diz que veio de um pago distante
Onde o diabo perdeu suas botas
Dos bugios que cantamos ao povo
Surgiu um novo contando lorotas
No lugar onde pousa o bugio
Lobisomem se manda “a la cria”
Vaga-lume apaga o candeeiro
E o sol chega mais tarde no dia
O bugio é medonho e tinhoso,
Mentiroso, malandro e sapeca
É capenga banguela e beiçudo
Orelhudo caolho e careca
É pitoco e do rabo caçoa
Bicho à toa e levado da breca
O bugio é medonho e tinhoso,
Mentiroso, malandro e sapeca
No lugar onde pousa o bugio
Lobisomem se manda “a la cria”
Vaga-lume apaga o candieiro
E o sol chega mais tarde no dia
O bugio quando vai num churrasco
Faz fiasco criando alvoroço
Sapateia e vira o prato
E de quatro ele ronca bem grosso
Se embucha se estica e se volta
Mas não solta o seu beiço do osso
O bugio quando vai num churrasco
Faz fiasco criando alvoroço
No lugar onde pousa o bugio
Lobisomem se manda “a la cria”
Vaga-lume apaga o candieiro
E o sol chega mais tarde no dia
O bugio quando dança baileco
É tareco que faz confusão
Dá de mão numa guampa de canha
Se assanha e se para gritão
É borracho daqueles sem rumo
Masca fumo e cospe no chão
O bugio quando dança baileco
É tareco que faz confusão
No lugar onde pousa o bugio
Lobisomem se manda “a la cria”
Vaga-lume apaga o candeeiro
E o sol chega mais tarde no dia
Intérprete:
Os Serranos