Antigas
Imagens
(Sérgio
Seitenfus, Flávio Campos Sartori)
De um rubro vai tisnando todo o
campo.
Novas silhuetas desmentem a
escuridão
E o brilho no rebrilho vibra a luz
Pintando a água, as barrancas e o
coração.
Muitas imagens voltam a vida nesta
hora.
Lindas índias nas águas se
banhando.
Miram o espelho que cintila em
muitas cores.
Esguios corpos de morena,
espreguiçando.
Tantos quereres se passaram neste
rio.
Em suas margens quantos sonhos
segredados.
Quantas dores de amores sentiram
tantos.
Quantos cantos em silêncio
murmurados.
Levou o vento. O silêncio e o
perfume.
Levou a vida. Como nuvens
dissipando.
De que valeram os amores. Se só
dores.
Que ficaram para lembrança no seu
canto.
A realeza dessas índias se perdeu.
Já são outros os que se banham no
lugar
E da história que é a glória do
seu povo
Restam traços da memória do seu
lar.